segunda-feira, 9 de março de 2009

INPE DESMENTE INFORMAÇÃO SOBRE DESMATAMENTO EM MONTE ALEGRE

A região norte do município é formado por um mosaico de unidades de conservação, com florestas densas e quase inrocadas.


Felizmente, não passou de alarme falso a informação de que Monte Alegre foi, no período de novembro/08 a janeiro/09, o município campeão em desmatamento na Amazônia. Segundo reportagem do jornal Novo Estado, edição da última sexta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desmentiu a informação divulgada pelo site www.globoamazônia.com, na quarta-feira passada.

Segundo Dalton Valeriano, diretor de operações do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, a região de Monte Alegre é muito pouco observada durante o ano todo, e o desmatamento registrado nas imagens feitas pelo Deter podem não ter acontecido naquele período analisado. Ele afirmou que os dados do órgão “devem ser analisados levando em conta a variabilidade da cobertura de nuvens”. Dalton chamou de informações “totalmente espúrias” aquelas divulgadas sem se levar em conta essas ressalvas.

A região norte do município é formada por um conjunto de unidades de conservação estaduais e federais, nas quais a agropecuária não é permitida.

Para ler toda a reportagem, acesse www.novoestado.com.br


HÁ DESMATAMENTO, SIM!

O desmentido do INPE em relação a Monte Alegre não significa que aquele município esteja imune ao problemas de desmatamento e de queimadas da floresta. Muito pelo contrário, e não devemos tentar tapar o sol com a peneira.

Há, sim, desmatamentos na região conhecida por Serra Azul. Nela, o INCRA tenta, desde 2003, a implantação de um projeto de assentamento, só efetivamente criado em 2005, mas que está interditado pela Justiça Federal por falta de plano de manejo.

O INCRA incentivou, ainda em 2003, a entrada de agricultores familiares na área, que nela passaram a viver e trabalhar. Desde então, eles derrubam pequenas áreas da floresta para o cultivo de milho, feijão, arroz e mandioca, além de frutas. Mas nada que justifique o alarmismo da Globo Amazônia.

O mais grave, no entanto, é a extração ilegal de madeira, que se intensificou nos últimos três anos. As ações do IBAMA, Sema e Ideflor para tentar conter a ação dos madeireiros não deram em nada de concreto.

A impunidade é o maior estímulo à reincidência dos crimes.

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