quarta-feira, 18 de março de 2009

FALANDO DE TALENTO, COMPETÊNCIA E RESPONSABILIDADE

Nestes tempos de emprego difícil, de mercado cada vez mais competitivo e exigente e da crise que torna tudo ainda mais complicado, patrões e empregados são desafiados a construir relações mais dinâmicas e produtivas, numa combinação de esforços que envolve competência, habilidades, trabalho em grupo e capacidade de gerenciamento e de solução de conflitos.

Entre as exigências necessárias e indispensáveis de um lado e de outro, é importante que cada um - seja patrão, seja trabalhador - tenha consciência de suas responsabilidades como membro de uma máquina que precisa funcionar bem e produzir o necessário.

Pena que essa discussão muitas vezes acabe escorregando para a vala da mesquinharia, da desinteligência, e cada um utilizando armas nada elegantes. O resultado disso é o prejuízo de todos.

Um amigo me mandou o texto abaixo que fala justamente de competências e responsabilidades. Achei-o interessante para uma boa reflexão. Não precisa concordar com seu conteúdo. Apenas leia-o. E comente, se quizer.



VOCÊ É SUBSTITUÍVEL?

Na sala de reunião de uma multinacional, o diretor, nervoso, fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça: "Ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente, um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho, sim. E Beethoven?

- Como? - O gestor, confuso, o encara.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível. E quem substituiu Beethoven?

Silêncio.
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Ouvi essa história esses dias, contada por um profissional que conheço, e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo, continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para pôr no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? E Zico?

Todos esses talentos marcaram a História, fazendo o que gostavam e o que sabiam fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são, sim, insubstituíveis.

Cada ser humano tem uma contribuição neste mundo a dar e o seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico e mulherengo, Elvis obsessivo...

O que queremos é sentir o prazer produzido belas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente ou coordenador ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias, aquele de "Os Trapalhões", faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos .. ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível! "Portanto, nunca esqueça: ocê é um talento único... Basta alguém lhe dar uma oportunidade e, com toda certeza, ninguém o substituirá.

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