terça-feira, 10 de março de 2009

O ARCEBISPO E O IDEAL DE UM BRASIL TEOCRÁTICO

Dom José Sobrinho: atos e palavras que constrangeram os católicos.

Já se passaram alguns dias desde que uma equipe médica fez aborto em uma menina de 9 anos, com autorização judicial, para a retirada de dois fetos gerados por estupro. Mas a polêmica continua, e esta se mantém exatamente pelas atitudes intempestivas e constrangedoras assumidas pelo arcebispo de Recife, dom José Sobrinho Cardoso.
Ele excomungou os médicos que fizeram o aborto e também a mãe da menina, que pediu a intervenção médica. E ainda afirmou que o que vale, como guia de nossas atitudes nesta vida, é a lei de Deus e não a dos homens, como se o Brasil fosse um estado teocrático.
Se as imagens e palavras do arcebispo não fossem fartamente exibidas pela televisão, seria mais fácil acreditarmos que o caso teria se passado no Irã, Afeganistão, no Sudão ou em outro país muçulmano, geralmente teocráticos, onde o que vale é a sharia islâmica.
Em tempo: Dom José Cardoso Sobrinho já completou 75 anos, em junho do ano passado, e, por isso, já deveria estar aposentado, evitando o constrangimento que causou à maioria dos católicos.

SHARIA ISLÂMICA
A sharia é o conjunto da doutrina em que se baseiam os direitos e deveres religiosos no islã.
Ela abrange as obrigações culturais, como orações, jejuns, esmolas, peregrinações), as normas éticas e os preceitos fundamentais para todas as áreas da vida (matrimônio, herança, propriedade e bens, economia e segurança interna e externa da sociedade).
A sharia se originou entre os séculos VII e X d.C, a partir dos trabalhos de sistematização realizados por eruditos e legisladores islâmicos e baseia-se no Alcorão, suplementado pela Suna, a segunda fonte doutrinária do Islã, que contém a descrição dos atos normativos do profeta Maomé.

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