domingo, 12 de fevereiro de 2012

ELEIÇÃO 2012: INDEFINIÇÕES PERMITEM CENÁRIOS DIVERSOS PARA BELÉM

A eleição municipal em Belém este ano terá características bem diferentes das anteriores. Se forem confirmadas as candidaturas próprias de vários partidos de esquerda, que tradicionalmente se articulavam em um arco de alianças, a pulverização de votos no primeiro turno poderá ser uma realidade no pleito de outubro para escolha do prefeito de Belém.

PT, PCdoB e PPS já oficializaram suas pré-candidaturas e PSol e PSB também poderão seguir o mesmo caminho. Porém, os pré-candidatos olham esta situação como um fator positivo em uma democracia já consolidada como a brasileira.

Jorge Panzera, pré-candidato do PCdoB, afirma que o principal aspecto será pensar Belém para o futuro, pois quem assumir a administração da capital paraense vai enfrentar um déficit muito grande de serviços, projetos e planejamento. “Hoje, o espaço político das forças de esquerda tende a apresentar uma alternativa mais justa para Belém”, ressalta Panzera.

Para ele, Belém precisa acompanhar o momento de crescimento econômico e social do país para enfrentar esta última década rumo aos quatro séculos. E o PCdoB neste panorama político, afirma Panzera, tem interesse de dialogar com todas as forças políticas, inicialmente, com as legendas que compõem a oposição ao governo Simão Jatene no Pará e com o arco de alianças de apoio ao governo Dilma Rousseff.

No caso do PT, o pré-candidato Alfredo Costa acredita que no primeiro turno da eleição municipal em Belém a legenda vai manter o diálogo com todos os partidos possíveis para tentar conseguir uma maior composição para a disputa. E dentro deste arco de aliança também está incluído o PCdoB, que ele define como aliado histórico.

Já o pré-candidato do PPS, Arnaldo Jordy, vê de forma positiva a pulverização das candidaturas de centro-esquerda e define como própria da consolidação de um ambiente democrático. “É natural que nesta atual conjuntura os partidos tentem se afirmar de forma legítima, através do voto”.

O provável pré-candidato do PSol, Edmilson Rodrigues, também vê como afirmação as candidaturas de esquerda, mas admite a pulverização dos votos no primeiro turno. Rodrigues admite conversações com o PCdoB e afirma que há demonstração de simpatia dos dois lados, mas que também há possibilidade de diálogo com outras legendas, mesmo, segundo ele, que não seja possível definir uma candidatura única. “O PSol não abre mão de ser um partido programático. Nosso compromisso é com uma Belém mais justa, pois estão faltando políticas sociais e planejamento”, sustenta.

O deputado federal José Priante é o único pré-candidato do PMDB à disputa pela prefeitura da capital. “Graças a Deus, conto com o apoio de todas as forças políticas do partido”, disse, na última sexta-feira. Priante vai para a campanha como a grande surpresa das eleição de 2007. Entrou desacreditado e acabou no segundo turno, disputando voto a voto com o atual prefeito Duciomar Costa.

Zenaldo Coutinho (PSDB) também afirma que o momento é de conversas. O tucano admite que não vê possibilidade de uma composição com o PMDB no primeiro turno, já que as duas legendas não abrem mão da candidatura própria, mas diz que em relação ao PPS ainda há negociação para “uma estratégia conjunta”. O PPS, partido que também apoia o governo de Jatene, não descarta lançar a candidatura de Jordy.

No PTB, a indefinição é ainda maior. O partido do prefeito de Belém Duciomar Costa sequer bateu o martelo em torno do pré-candidato. O Secretário executivo da legenda, Raimundo Quaresma, diz que os petebistas devem receber, nos próximos dias, novas pesquisas de intenção de votos. Ele admite, porém, que o grande favorito para representar o PTB na disputa é mesmo o ex-governador Almir Gabriel.

Para ler mais, http://www.diarioonline.com.br/noticia-187551-apostas-de-quem-deve-estar-no-jogo-eleitoral.html 

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