terça-feira, 9 de abril de 2013

MME E ELETROBRAS CONFIRMAM DUAS USINAS PARA O RIO TAPAJÓS

Entre as hidrelétricas projetadas para o rio Tapajós, o governo federal confirma estudos para duas delas: São Luís do Tapajós e Jatobá. Somadas, poderão produzir 10mil/Kv

O Ministério das Minas e Energia (MME) e a Eletrobras confirmaram, ontem, que estão realizando estudos para construção de mais duas hidrelétricas no Pará: São Luis e Jatobá, ambas no rio Tapajós, região Oeste do estado.

O diretor de Geração da Eletrobras, Valter Cardeal, e o secretário-executivo adjunto do Ministério das Minas e Energia, Francisco Romário Wojcicki, informaram, em Belém, que oitenta pesquisadores estão embrenhados na floresta, às margens do rio Tapajós, monitorando fauna, flora, além da enchente, vazante, cheia e seca do rio, cuja área é composta por uma das maiores biodiversidades do planeta e com grande potencial energético.

Na semana passada, um grupo de índios mundurukus esteve em Belém e denunciou a presença de militares da Força Nacional dentro da reserva e manifestou preocupação com os riscos que a presença dos policiais representariam para a tribo.

Ontem, porém, representantes do governo federal negaram que a área onde pretendem construir as hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá esteja em reserva munduruku. Valter Cardeal e Francisco Romário Wojcicki confirmaram a presença de homens da Força Nacional na região, mas somente para fazer a segurança dos pesquisadores que estudam a área.

Eles também garantiram que os índios e as populações tradicionais que habitam na região serão consultadas sobre o projeto. E mais: amanhã (10), em Jacareacanga, cidade no extremo oeste do Pará, haverá o primeiro encontro do governo federal com os mundurukus para tratar sobre o assunto.

Com a pesquisa em curso, animais, vegetais e a própria água estão sendo coletados para o estudo, que vai indicar a viabilidade da construção das duas hidrelétricas, com base no município de Itaituba, mas que deverão atingir também o município de Trairão, áreas compostas por populações tradicionais, índios, pecuária, além de garimpos e várias florestas e parques nacionais. No entanto, os representantes do governo federal asseguram que o curso do rio não será alterado.

A pesquisa atual vai fundamentar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), exigido pela legislação, com previsão de ser entregue ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no começo de 2014, segundo o diretor de Geração da Eletrobrás, Valter Cardeal.

A usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós deverá ter capacidade de geração de 8 mil Kw e Jatobá, outros 2 mil Kw. Mas o diretor da Eletrobrás afirma que não há previsão para o inicio da construção nem para sua conclusão, e que o custo de todo o projeto deverá se igualar à usina hidrelétrica de Belo Monte, orçada em R$ 25 bilhões até abril de 2010. 

Para ler mais, http://www.diarioonline.com.br/noticia-241258-.html

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