Localizada na margem direita do rio Tapajós, Miritituba volta a ser vista como porto estratégico para o escoamento da produção de soja do Mato Grosso
O pequeno distrito de Miritituba, em Itaituba, Oeste do Pará, saiu da pacata situação de anonimato para tornar-se alvo da atenção dos principais investidores nacionais e internacionais. O local pode se transformar num dos maiores portos de escoamento de grãos do país.
Sua localização estratégica, às margens do rio Tapajós, a 300 quilômetros ao sul de Santarém e com acesso curto e rápido para a BR-163 (Santarém / Cuiabá), pode ser – literalmente – a “salvação da lavoura”, garantindo o rápido escoamento da safra nacional.
Ironicamente, o fato responsável pela ascensão de Miritituba foi a crise portuária que afetou, principalmente, os produtores de soja do Mato Grosso.
Na semana passada a empresa Sunrise, gigante exportadora da China, anunciou o cancelamento da compra de pelo menos dois milhões de toneladas de soja do Brasil, alegando atrasos na entrega por causa das longas filas nos portos. Foi o primeiro grande contrato suspenso por causa de problemas logísticos. A Sunrise disse que deveria ter recebido seis navios em fevereiro e outros seis em março. Principal comprador da soja brasileira, a China informou que vai comprar o grão da Argentina.
Para ler mais, http://www.diarioonline.com.br/noticia-241068-.html
PS: Essa notícia é alvissareira, claro, e volta a nos encher de muita esperança. Mas é bom não esquecer que esse projeto já remota, no mínimo, à metade dos anos 90 do século passado.
Em 1998, houve o primeiro "caminhonaço" organizado por prefeitos e empresários matogrossenses e paraenses interessados na consecução do projeto. A vários caminhões carregados de soja se juntaram dezenas de outros veículos de municípios da região, que foram à cidade de Santarém, onde o evento e encerrou. Além de defender o asfaltamento da rodovia BR-163, os promotores do evento defendiam a proposta de usar Miritituba como porto de embarque da soja vinda de Mato Grosso. A Maggi, grupo do Mato Grosso, anunciava a intenção de implantar, em Miritituba, uma unidade de esmagamento da soja.
Mas, infelizmente, tudo continuou como projeto.
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