terça-feira, 5 de maio de 2009

O CAOS SE AGRAVA TAMBÉM NA SAÚDE

Se não bastassem a crise no campo, agravada com as ações do MST e a não liberação de licenças ambientais, e os descasos com o Ensino Médio, agora são as chagas da saúde pública que novamente vêm a público.

Os cortes determinados pela governadora Ana Júlia estão paralisando, ou deixando em situação precária, vários setores ou órgãos da saúde pública estadual. O Hospital Ophir Loyola, que já exibiu com orgulho o posto de unidade de referência de qualidade em saúde pública, hoje está com a maioria de seus serviços comprometida - médicos denunciam que não há mais dinheiro nem para a alimentação dos pacientes. Nos hospitais regionais, com administração terceirizada, a situação já ccausa preocupação a todos.

Agora é o Hospital Santa Casa que volta aos noticiários do escândalo. O anúncio é de greve, e novamente por motivos mais do que justos. Os médicos do hospital decidiram paralisar, amanhã, a partir das 7h, suas atividades. Só serão atendidos os casos de emergência. A decisão foi deliberada pelos médicos em reunião com o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa).

“A paralisação foi aprovada depois que o governo descumpriu, de maneira unilateral, o acordo que firmou com os médicos em outubro de 2008, suspendendo a gratificação por Tempo Integral que tinha dado aos profissionais em greve”, falou João Gouveia, diretor do sindicato.

Além desse fato, os médicos também denunciam que a falta de estrutura, equipamentos e leitos ainda é uma realidades no hospital. Segundo o médico Paulo Bronze, o prédio apresenta rachaduras e os leitos de UTI e berçário continuam superlotados. “Apesar das reformas, ainda não temos boas condições para o exercício da medicina, tanto pelo fator estrutural como pela superlotação, sobrecarregando os profissionais” denunciou o médico.De acordo com profissionais da área, os leitos que foram locados pelo governo nas maternidades privadas não estão sendo utilizados pelos pacientes da Santa Casa. “A informação que temos é que o governo não pagou pelos leitos e por isso não são disponibilizados”, informou Bronze.

Para o Sindicato dos Médicos os profissionais e a população precisam saber a verdade sobre esses fatos, se há ou não a quantidade de leitos que o governo informou. “Como não conseguimos conversar com a direção da Santa Casa, por falta de tempo do gestor Mauricio Bezerra em dialogar com a categoria, o sindicato levará essas denuncias à Secretaria de Estado de Saúde, durante reunião na quarta-feira, e cobraremos providências urgentes. Caso contrário, o movimento retomará a greve na maternidade”, afirmou Wilson Machado, diretor do Sindmepa.

Na próxima sexta-feira (08) os médicos da Santa Casa voltarão a se reunir em assembléia geral para deliberar os rumos do movimento. “Dependendo do posicionamento da Sespa às nossas reivindicações, o movimento decidirá se a greve será ou não retomada”, disse Gouveia.

Fonte: Portal ORM e redação do blog

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