Em reação à divulgação do relatório das Nações Unidas sobre as atividades do programa nuclear do Irã, os Estados Unidos anunciaram que podem aumentar o escopo das sanções contra o país, atualmente focadas nos setores de gás e petróleo.
"Eu acho que veremos um aumento das sanções bilaterais", disse uma autoridade americana sob condição de anonimato.
"Do nosso lado, queremos realmente fechar qualquer lacuna que possa existir", acrescentou, deixando claro que Washington pode fazer mais para realmente estrangular as atividades de exportação de gás e petróleo iranianos.
O Itamaraty analisa relatório - O governo brasileiro reagiu com cautela à divulgação dos dados do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), um órgão da ONU, sobre o programa nuclear iraniano. O Itamaraty ainda está analisando o documento, que revela ter identificado no Irã "atividade específica para [desenvolver] armas nucleares", e disse que só se pronunciará sobre o seu conteúdo após declaração oficial da agência sobre o texto.
O novo relatório, de 25 páginas, foi entregue aos países-membros da agência nesta terça-feira, e vazou à imprensa internacional logo depois.
Segundo o porta-voz do chanceler Antonio Patriota, Tovar Nunes, no entanto, o Brasil estaria "pronto para contribuir, como esteve no passado, em um diálogo sobre a utilização pacífica de energia nuclear pelo Irã". "Achamos necessário criar um ambiente em que o Irã se sinta também apoiado pela comunidade internacional", disse Nunes.
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