sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SEDUC GARANTE QUE REPOSIÇÃO DE AULAS SEGUE NORMAL

A reposição dos dias letivos parados durante o período da greve de professores, ocorrida ano passado, segue na Rede Pública Estadual de Ensino. 

Durante a tarde de ontem, gestores das 20 Unidades “Seduc na Escola”, responsáveis por cerca de 380 escolas estaduais da Região Metropolitana de Belém (RMB), e a equipe técnica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) reuniram-se para dar continuidade ao acompanhamento do calendário de reposição.

A greve durou 34 dias letivos e envolveu cerca de 18% das escolas da RMB. Para aquelas que passaram mais tempo sem aulas, o prazo máximo para o encerramento do ano letivo de 2011 é o dia 27 de março. 

Segundo a diretora de Ensino Fundamental e Infantil da Seduc, Ana Cláudia Hage, a reposição segue normalmente, sem imprevistos. Na unidade 10, responsável pelas escolas dos bairros

Tapanã e Bengui, três das 24 escolas aderiram à greve.


PS: Duvido-o-do da eficiência dessa "reposição". A qualidade do ensino público já é reconhecidamente péssima, de resultados desastrosos e já comprometeu o futuro da atual geração de estudantes. O estrago está feito, e o resultado dessa reposição apenas e tão-somente reduzirá o estrago ainda maior já causado por essa última greve.Os estragos causados pelas greves anteriores jamais serão corrigidos.

Governo do Estado e Sintepp erraram. O Estado, através da Seduc, por não colocar negociadores capacitados para discutir as divergências e por se negar a complementar valores ínfimos. Errou, também, por não saber conversar com a sociedade, deixando prevalecer, no final das contas, a versão distorcida expressa pelo Sintepp.

Errou o Sintepp ao principalizar a divergência e não o diálogo, por claras razões eleitoreiras, empurrando a categoria para a radicalização. Como nas greves anteriores, usou como jogo de cena o discurso da "qualidade da educação pública". Puro mise-en-scéne, um deboche que se repete a cada nova greve! Na realidade, seus pleitos eram apenas e tão-somente corporativos e, claro, eleitoreiros, por se deixar contaminar por interesses de partidos políticos.

Bem que os Ministérios Públicos Estadual e Federal poderiam dar atenção especial a este caso, e não se conformar com os "relatórios oficiais".

PS: Não é de hoje que prevalece, na educação pública brasileira, o pacto da mediocridade: a escola faz de conta que educa, o professor faz de conta que ensina, o estudante faz de conta que aprende e o governo faz de conta que paga. E uma única vítima: os estudantes!

Até quando?

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