quarta-feira, 22 de junho de 2011

AQUÍFERO ALTER DO CHÃO PODE SER ENTREGUE A ESTRANGEIROS

O aquífero (em vermelho), de 86 mil/km³ de água, corre risco de cair nas mãos de pesquisadores estrangeiros

O desprezo do governo federal e o desinteresse da Agência Nacional de Águas (ANA) estão levando o gigantesco aquífero Alter do Chão, no município de Santarém, para as mãos de pesquisadores estrangeiros e, por via quase direta, para as mãos de potências estrangeiras. É o que revela a jornalista Zilda Ferreira, que esteve por uma semana va vila balneária de Alter do Chão, e entrevistou o cientista paraense Milton Mata, da Universidade Federal do Pará.

A abrangência deste aquífero é genuinamente nacional, pois ele se estende pelo oeste da Amazônia brasileira, nos Estados do Pará, Amazonas e Amapá. Entretanto, para que se possa afirmar com precisão sua extensão é necessário um estudo mais aprofundado. Mas, há poucas dúvidas de que não seja o que possui o maior volume de água, uma vez que está abrigado debaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, a Amazônica.

Diz o pesquisador da UFPA:

"O Aquífero Alter do Chão, já nosso conhecido e de toda a comunidade científica da Amazônia, desde a década de 60, mas ninguém jamais expressou vontade de estudar isso de forma sistemática. Eram somente poços isolados que abasteciam comunidades específicas. Meu grupo de pesquisa, depois que eu defendi minha tese de Doutorado, em 2002, e calculei a reserva hídrica de outro sistema aquífero (Aquífero Pirabas) resolveu investigar o Aquífero Alter do Chão mais de perto. Isso iniciou ano passado.

Hoje, não se tem qualquer controle sobre o que vai ser feito com esse aquífero. Não se tem nem planos pra uso e proteção de duas águas. Soube-se que a ANA vai divulgar um edital fazendo uma licitação internacional para contratar estudos sobre o Alter do Chão. Eu, particularmente, acho isso um absurdo. A licitação em si não teria sentido, uma vez que existe um grupo que o conhece, que o está estudando, que é da região e que por isso mesmo conhece as condições sócioeconômicas e políticas locais. Isso, associado à competência profissional desse grupo, sua vasta experiência na matéria, demonstrada pelos inúmeros trabalhos publicados nas últimas décadas sobre o assunto, já justificaria a não realização de licitação". 

O aquífero Alter do Chão pode ser o maior do mundo em volume de água, anunciava, em abril deste ano, o geólogo Milton Matta, da Universidade Federal do Pará (UFPA), aos jornais brasileiros, à mídia européia e à TV Globo. Um estudo preliminar aponta um volume superior a 86 mil quilômetros cúbicos de água, o suficiente para abastecer a população mundial por 100 (cem) anos. Para se ter um ideia, o Aquífero Guarani, tido até agora como um dos maiores do mundo, tem um volume estimado de 45 mil quilometros cúbicos, ressaltava o professor Milton Matta, um dos cinco pesquisadores responsáveis pelo estudo".

* Zilda Ferreira esteve em Santarém e na Vila Balneário de Alter do Chão, durante uma semana, no período de 21 a 28 maio de 2010. 

Fonte: http://blogmanueldutra.blogspot.com/2011/06/ 

TRAGÉDIA E IMPUNIDADE: 219 MORTES NO CAMPO DO PARÁ EM DEZ ANOS

Nos últimos dez anos, o Pará registrou 219 homicídios no campo, mas houve apenas quatro condenações em consequência desses crimes. Em 37 casos, não houve sequer instauração de inquérito para investigar as mortes.

As informações são do procurador do Tribunal Regional Federal da 1º Região José Marques Teixeira, que participa de audiência pública sobre violência no campo na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado.

O procurador lembrou o caso do trabalhador rural Antônio Francisco dos Santos, morto em Anapu (PA), em 2002. “A delegacia só foi implantada em outubro de 2006. Até então, os inquéritos eram feitos de forma precária pela Polícia Militar”, disse.

“A forma de apurar [os homicídios] só milita no sentido de que a impunidade seja sacramentada, ainda que pessoas acusadas de crimes sejam processadas”, acrescentou durante a audiência pública. O secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes Rocha, foi convidado para participar da reunião, mas enviou como representante o diretor de Polícia do Interior, delegado Sílvio Cézar Batista.

O presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, Gercino da Silva Filho, que é o ouvidor agrário nacional, disse que entre as principais razões para a ocorrência de crimes no campo estão grilagem de terras públicas ou a ocupação ilegal dessas áreas e extração ilegal de madeira.

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

IBAMA EMBARGOU 3,2 MIL HECTARES DE ÁREAS DESMATADAS

O Ibama aplicou R$ 17,1 milhões em multas e embargou 3,2 mil hectares de áreas ilegalmente desmatadas em Anapu, Pacajá, Novo Repartimento, Altamira e Portel, no sudoeste e centro-oeste do Pará. As ações ocorreram durante a operação Parakanã, que percorreu os municípios entre 28 de abril e 14 de junho, com o objetivo de combater o desmatamento na região. 

Além das multas e embargos, foram apreendidos 158 m3 de madeira em tora, 130 m3 do produto serrado, 11 maquinários de duas serrarias clandestinas (serras-fitas, serras-circulares, etc), três tratores, duas motosserras e duas armas.

Os alvos dos agentes eram as áreas desmatadas indicadas pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolvido com apoio do Ibama e Ministério do Meio Ambiente, que monitora o bioma por meio de análise de imagens de satélite.

No total, os agentes confirmaram em campo 58 áreas desflorestadas, a maioria delas em Pacajá, no sudoeste paraense. Com 840 hectares de florestas destruídas na primeira quinzena de junho, segundo estimativa do Deter, o município lidera no momento os índices de desmatamento no estado. 

Nos próximos dias, o Ibama retorna à região para a operação Parakanã II.

Fonte: Ascom/Ibama

ABSURDO: BRASIL DÁ VISTO DE PERMANÊNCIA A BATTISTI

Por 14 votos a favor, dois contra e uma abstenção, o Conselho Nacional de Imigração (CNIg) concedeu, nesta quarta-feira, o visto de permanência para terrorista e assassino italiano Cesare Battisti.

O conselho, que faz parte do Ministério do Trabalho, é formado por nove representantes dos ministérios, cinco de sindicatos dos trabalhadores e cinco de entidades patronais. O órgão ainda é composto por oito observadores de entidades como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Internacional para as Migrações.

Três conselheiros não estavam presentes na reunião de hoje.

Segundo o conselho, o resultado da votação será encaminhado para o Ministério da Justiça, que vai executar a concessão da permanência.

O pedido de Battisti ao CNIg foi feito no dia 9 de junho, um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir soltar o italiano. Desde então, o único documento nas mãos de Battisti era o alvará de soltura. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/933541

PS: Já foi absurda a decisão do STF de não deportá-lo de volta à Itália, onde matou, de forma covarde, quatro pessoas, e onde foi condenado à prisão perpétua. Mais absurda, ainda, é essa autorização para aqui permanecer.

Que mal exemplo ao mundo e aos próprios brasileiros!

SENADO: CCJ REJEITA MANDATO DE 5 ANOS E E FIM DA REELEIÇÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal rejeitou, hoje, as propostas de mandato de cinco anos (PEC 38/2011) e de fim da reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos (PEC 39/2011). Os senadores acataram relatório do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), contrário à PEC 39/2011, que acaba com a possibilidade de um segundo mandato para chefes do executivo. 

As matérias vão, ainda, para apreciação do Plenário da Casa.

Fonte: www.senado.gov.br


PS: Pelo menos  CCJ aprovou a unificação das eleições municipais, estaduais e federais. Também aprovou mudanças nas datas de posse: de presidente,  no dia 10 de janeiro; de governadores, dia 15, e a de prefeitos no dia 5 de janeiro do ano seguinte às eleições.

Para assegurar os direitos adquiridos pelos atuais mandatários, a medida seria adotada apenas em 2018. Dessa forma, os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 teriam, excepcionalmente, mandatos mais curtos, de apenas dois anos - o que propiciaria a unificação dos pleitos a partir de 2018.

terça-feira, 21 de junho de 2011

ANÔNIMO: "SERÁ UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO"

Sobre a postagem "Tapajós: Um Estado que nasce Independente", publicada hoje, um leitor anônimo enviou o seguinte comentário:
"A cada dia se torna mais próximo o tão sonhado momento do povo do sul do Pará ir ás urnas para votar pela criação do estado de Carajás. Para muita gente parece que a ‘ficha ainda não caiu’ e tudo ainda parece ser como antes ‘especulações indefinidas’. Mas não, dessa vez é pra valer, o congresso autorizou a realização do plebiscito que deverá acontecer até o primeiro semestre de dezembro deste ano. O povo vai votar SIM ou Não pela criação de Carajás e Tapajós. Mas a pergunta que todos fazem: - “Quem vai votar só as regiões que querem se emancipar ou todo estado?”.

De acordo com a “lei mãe” que é a Constituição da República de 1988, no art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se, subdividir-se, desmembrar-se, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população ‘diretamente interessada’, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Desta forma, fica claro que só a região interessada em criar os estados de Tapajós e Carajás votaria.

Mas, em 18 de novembro de 1998 (dez anos após), a Constituição foi alterada com a criação da lei complementar N. 9.709, que deu outra interpretação para divisão de estados brasileiros, dizendo que o plebiscito passaria ter que ser feito no território que se pretende desmembrar, e também no que sofrerá o desmembramento.

No entanto, segundo o maior ativista para criação do estado de Carajás, Deputado Giovanni Queiroz – a alteração da constituição foi feita de forma irregular, “Qualquer mudança na Constituição deve ser feita por Emenda Constitucional e não por lei complementar como foi feito, são tramitações diferentes. Por tanto essa mudança é inconstitucional e é isso que vamos pedir ao Supremo que corrija esta falha e que determine votação plebiscitária somente na região que quer desmembrar”, explicou Giovanni.

Em 2002 a Assembleia Legislativa do estado de Goiás, entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a lei complementar N.9.709, mas como não havia nenhum estado em vias de divisão à ação nunca foi votada pelo TSE. Uma das estratégias do grupo pró-Carajás e Tapajós é que o TSE julgue a ação apresentada pela Assembleia Legislativa de Goiás, ou decidir pela apresentação de uma nova ação com a mesma interpelação “Que o Superior Eleitoral decida pela inconstitucionalidade da lei 9.709”, pelo fato da mesma ter sido feita de forma irregular.

Para demandar no TSE pela inconstitucionalidade da lei e garantir o plebiscito somente no Carajás e Tapajós, líderes do movimento garantem que foi contratado um dos melhores escritórios de advocacia constitucional do Brasil e que já começaram as mobilizações junto ao Supremo Eleitoral.

OPINIÃO: caso a eleição seja só na região que quer desmembrar, certamente o sonho dos mais de três milhões de habitantes fica mais próximo de ser realizado. Se as leis forem respeitadas é quase certo que somente o Carajás e o Tapajós vão às urnas na eleição plebiscitária".

21 de junho de 2011 17:56

SENADO: GOVERNO JÁ ADMITE REVER MP DO SIGILO

Flagrado entregando o cofre das obras da Copa 2014 aos bandidos, e constrangido diante da péssima repercussão da aprovação da MP do Sigilo pelos deputados governistas, o governo recua e já admite rever a decisão em votação no Senado.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse, hoje, que os senadores poderão promover "ajustes" na medida provisória aprovada pela Câmara que mantém em sigilo orçamentos de obras da Copa e da Olimpíada de 2016. Jucá disse que não pretende deixar para a presidente Dilma Rousseff a tarefa de vetar o polêmico artigo que impõe o sigilo, por isso caberá ao Senado aprimorar o texto.

"Vamos esperar chegar no Senado o projeto, mas se tivermos prazo, poderemos ajustar a matéria, mudar alguma coisa no texto aprovado pela Câmara. Colocar o veto para a presidente talvez não seja o melhor caminho", afirmou. 

Fonte: Agência Folha e redação do blog

RIO+20: BRASIL VAI PROPOR METAS DO MILÊNIO

O Brasil vai defender a fixação de metas globais para o desenvolvimento sustentável na Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento sustentável. No encontro de chefes de Estado, que acontecerá no Rio de Janeiro, em maio e junho do ano que vem, o país vai propor um compromisso mundial para o cumprimento de um novo tipo de Metas do Milênio, só que ambientais.

As Metas do Milênio foram acordadas por todos os países-membros da ONU em 2000. Elas estabelecem oito objetivos a serem cumpridos até 2015 com o intuito de garantir melhores condições de vida à população global. Fazem parte das metas a erradicação da pobreza extrema, a promoção da igualdade entre os sexos e o combate à aids, por exemplo.

A proposta do Brasil é construir um novo pacto entre todos os chefes de Estado do mundo em 2012. Durante a Rio+20, diplomatas brasileiros vão negociar o estabelecimento de metas gerais de desenvolvimento sustentável que possam pautar políticas individuais relacionadas à geração de energia, hábitos de consumo e outros temas ligados à sustentabilidade.

A ideia desse novo pacto foi apresentada, hoje, pelo embaixador André Aranha Corrêa do Lago, negociador brasileiro nas discussões sobre mudanças climáticas, em uma reunião preparatória da Rio+20, realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, a iniciativa do acordo surgiu na Colômbia e será levada à frente pelo Brasil, que presidirá a conferência.

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

AMAZONAS: FUNAI DESCOBRE ÍNDIOS ISOLADOS

Cerca de 200 índios viveriam no grupo agora localizado pela Funai (Foto: Divulgação Funai)

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou, hoje, a existência de um novo grupo de índios isolados no Vale do Javari, no Amazonas. A Funai estima em cerca de 200 o número de índios no local e diz que eles são, provavelmente, de um grupo cuja língua é da família Pano. A comunidade foi localizada pela Frente de Proteção Etnoambiental, durante sobrevoo realizado em abril deste ano. Três clareiras com quatro grandes malocas foram avistadas pelos técnicos.

Antes mesmo do sobrevoo, o coordenador da Frente do Vale do Javari, Fabrício Amorim, havia identificado as clareiras por satélite. A confirmação desse tipo de descoberta requer, segundo ele, anos de trabalho sistemático e metódico, com realização de pesquisas documentais, expedições e análises de imagens de satélite.

Até a confirmação, a presença desses índios isolados era apenas uma referência “em estudo”, com base em relatos sem informações conclusivas sobre a exata localização e características da comunidade.

Em nota, a Funai informa que tanto a roça quanto as malocas são novas e foram concluídas no máximo há um ano. Essa avaliação tem por base o estado da palha usada na construção e a plantação de milho. No local há, ainda, plantações de bananas e uma vegetação rasteira similar à de amendoins.

Na Terra Indígena Vale do Javari há um complexo de povos isolados que é considerado a maior concentração de grupos isolados na Amazônia e no mundo.

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

TAPAJÓS: UM ESTADO QUE NASCE INDEPENDENTE

Este não é um texto inédito, mas me foi enviado pelo seu autor, Evaldo Viana, Analista Tributário da Receita Federal e Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), como sugestão ao debate sobre a criação do Estado do Tapajós.

A missiva de Evaldo é uma preciosidade ao debate sobre o tema, especialmente para desmascarar o principal argumento - agora comprovadamente uma farsa - apresentado pelas velhas raposas políticas do Pará contra o projeto de emancipação do Oeste do Estado.

Ainda que trate de um assunto técnico, geralmente de difícil compreensão aos leitores não afeitos ao tema, Evaldo consegue torná-lo de fácil entendimento. E ele apresenta os argumentos necessários e indispensáveis para contestar nossos adversários e demonstrar o título do próprio artigo: O Tapajós é um Estado que nasce independente

Esta é a razão primeira para sua publicação neste espaço, com o pedido aos leitores para que o reproduzam e suas informações, socializadas nos eventos de campanha do plebiscito.
Segue o texto na sua íntegra:


Retorno ao assunto suscitado pela entrevista que o senhor Rogério Boueri, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concedeu ao Jornal Nacional, do último dia 06/06/2011, para demonstrar, de forma clara e cristalina, que o novo Estado já nasce independente e em condições financeiras favoráveis.

Se me permitem, em poucas palavras, poderia resumir o caso assim:

O senhor Rogério Boueri afirmou que o Estado do Tapajós não tem viabilidade financeira porque será incapaz de gerar ou dispor de receitas suficientes para fazer frente às despesas por ele geradas. 

Disse que as receitas do novo Estado seriam de R$ 1,1 bilhão e que as despesas somariam R$ 1,9 bilhão, produzindo um déficit da ordem de R$ 800,00 milhões.

Na quinta-feira última, escrevi um artigo veiculado no jornal O Impacto e no Blog do Jeso afirmando que o Economista equivocara-se, principalmente no que diz respeito às receitas que, segundo meus cálculos, poderiam suplantar os R$ 3,3 bilhões.

Instado pelo signatário do blog a se manifestar sobre o meu artigo, o senhor Rogério Boueri assim se posicionou:

“Para começar, os R$ 2,5 bilhões de reais calculados pelo Sr. Evaldo Viana são uma estimativa completamente irrealista, visto que o Estado do Pará como um todo recebeu a título de FPE [Fundo de Participação dos Estados] em 2010 R$ 2,385 bilhões (ver planilha oficial da STN¹ em anexo). Como poderia o futuro Estado do Tapajós sozinho, contando com pouco mais do que 10% da população do Pará inteiro receber mais FPE? Impossível.”

E logo em seguida arremata:

“As receitas que calculei foram baseadas na arrecadação atual do Pará, onde as rateio segundo a população e o PIB [Produto Interno Bruto] dos municípios que formariam o Estado do Tapajós.”

Vejam que o senhor Boueri encontra o montante das receitas apenas rateando, segundo a população e o PIB dos municípios que integrarão o futuro estado, sem ao menos mencionar o Fundo de Participação dos Estados – FPE, que é a maior fonte de receita dos Estados menos desenvolvidos.

E, sobre o FPE, o senhor Boueri afirma que os R$ 2,5 bilhões a que aludo é um estimativa irrealista, segundo ele porque se o Pará recebeu, em 2010, R$ 2,385 bilhões. Como um Estado com pouco mais de 10% (na realidade são 13%) poderia receber montante equivalente?

E, para provar sua assertiva, o economista anexa ao texto uma planilha com o montante do FPE repassado a todos os Estados.

E é essa planilha que gostaria que o economista estudasse com mais atenção para que ele pudesse me responder às seguintes perguntas?

1) Como é que Minas Gerais, com 19,59 milhões de habitantes, recebe de FPE apenas R$ 1,73 bilhão, enquanto o Pará, com um terço da população, recebe R$ 3,2 bilhões (20% do FUNDEB² incluso)?

2) Como é que o Rio Grande do Sul, com 10,69 milhões de habitantes, recebe de FPE apenas R$ 918,93 milhões, enquanto Alagoas, com uma população de 3,2 milhões, recebe desse fundo R$ 1,63 bilhão?

3) Como é que o Rio de Janeiro, com 16 milhões de habitantes, recebe de FPE 596,17 milhões e o Maranhão, com 6,57 milhões de habitantes, recebe de FPE 2,81 bilhões?

4) Como é que São Paulo, com 41,25 milhões de habitantes, recebe de FPE apenas R$ 390,24 milhões, e o Estado do Tocantins, com 1,36 milhão de habitantes, recebe do FPE R$ 1,70 bilhão?

Evidente que, pela lógica do senhor Boueri, os números acima estão fora do lugar, porque estados com população maior têm de necessariamente receber um FPE equivalente ou correspondente.

É nesse ponto que o senhor Boueri se equivoca, porque não tomou o cuidado de se informar que a cota do Fundo de Participação dos Estados não se define unicamente pelo critério populacional, mas também pelo territorial (área) e, principalmente, pelo inverso da renda per capita de cada estado.

E como podemos calcular, por exemplo, a cota do FPE que cabe ao futuro Estado do Tapajós?

Vamos primeiro ao que diz sobre o assunto o Código Tributário Nacional (CTN):

Critério de Distribuição do Fundo de Participação dos Estados:

Art. 88. O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, a que se refere o artigo 86, será distribuído da seguinte forma:
I - 5% (cinco por cento), proporcionalmente à superfície de cada entidade participante;
II - 95% (noventa e cinco por cento), proporcionalmente ao coeficiente individual de parti-cipação, resultante do produto do fator representativo da população pelo fator representa-tivo do inverso da renda per capita, de cada entidade participante, como definidos nos artigos seguintes.

Primeiramente vamos encontrar (em homenagem à inteligência do PLIMA, portadora de necessidades especiais, vou procurar ser o mais didático possível) o fator correspondente à área do futuro Estado do Tapajós, dividindo-se a superfície territorial deste pela área do Brasil e multiplicar por 100.

Vamos encontrar 8,6028, que deve ser, em obediência ao inciso I do art. 88 do CTN, multiplicado por 0,05 (5%), o que resultará no índice 0,4301(1).

Em seguida, verifiquemos qual o percentual que a população do Estado do Tapajós representa em relação à população do Brasil, o que nos levará a 0,6122%. Aqui precisamos ir ao artigo 89 do CTN e verificar qual o fator que corresponde ao percentual que encontramos:

Art. 89. O fator representativo da população a que se refere o inciso II do artigo anterior será estabelecido da seguinte forma:

Percentagem que a população da enti-dade participante representa da popu-lação total do País: 

Fator:
I - Até 2% ................................................................... 2,0

II – Acima de 2% até 5%:
a) pelos primeiros 2% ................................................ 2,0
b) para cada 0,3% ou fração exceden-te, mais ......... 0,3

III - acima de 5% até 10%:
a) pelos primeiros 5% ................................................ 5,0
b) para cada 0,5% ou fração exceden-te, mais ......... 0,5
IV - acima de 10% ................................................... 10,0

Pela tabela acima, ao estado cuja população represente até 2% da população nacional será atribuído o Fator 2 (2).
Agora vamos encontrar o Fator correspondente ao inverso da renda per capita do futuro Estado do Tapajós, que pode ser encontrado assim: divida-se a renda per capita nacional (R$ 15.231,00) pela renda per capita do Tapajós (R$ 5.531,00) e multiplique-se por 100. Vamos encontrar 0,0289 e voltemos ao CTN (artigo 90):

Art. 90. O fator representativo do inverso da renda per capita, a que se refere o inciso II do artigo 88, será estabelecido da seguinte forma:
Inverso do índice relativo à renda per capita da entidade participante: 

Fator:
Até 0,0045............................................ 0,4
Acima de 0,0045 até 0,0055 ............... 0,5
Acima de 0,0055 até 0,0065 ................ 0,6
Acima de 0,0065 até 0,0075 ................ 0,7
Acima de 0,0075 até 0,0085 ................ 0,8
Acima de 0,0085 até 0,0095 ................ 0,9
Acima de 0,0095 até 0,0110 ................ 1,0
Acima de 0,0110 até 0,0130 ................ 1,2
Acima de 0,0130 até 0,0150 ................ 1,4
Acima de 0,0150 até 0,0170 ................ 1,6
Acima de 0,0170 até 0,0190 ................ 1,8
Acima de 0,0190 até 0,0220 ................ 2,0
Acima de 0,220 .................................... 2,5

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, determina-se o índice relativo à renda per capita de cada entidade participante, tomando-se como 100 (cem) a renda per capita média do País.

Como o coeficiente que encontramos é superior a 0,220, vamos usar o fator correspondente, que é 2,5 (3). Agora, multipliquemos o Fator (2) com o (3), que dá (2,00 X 2,5) igual a 5,0000 (4).

O próximo passo é somar o coeficiente obtido até aqui de todos os estados. Vamos encontrar, já incluídos os estados do Tapajós, Carajás e o Novo Pará, o índice 146. Em seguida, calculamos quanto o fator 5,0000 (4) corresponde em percentual do total 146,00, o que nos leva a 3,4074. Esse resultado deve ser multiplicado por 0,95, o que resulta em 3,2370, que deve ser adi-cionado ao coeficiente ajustado relativo à área territorial (0,4301). Feita a operação anterior, chegamos ao coeficiente 3,6672.

ATENÇÃO!!! Se levarmos em conta apenas os critérios do Código Tributário Nacional (CNT), 3,6672 seria o coeficiente atribuído ao Estado do Tapajós. Mas vejam o que diz o artigo 2º da Lei Complementar 62/89:

Art. 2° Os recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE serão distribuídos da seguinte forma:
I - 85% (oitenta e cinco por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
II - 15% (quinze por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Sul e Sudeste. 

Assim, combinando os critérios do CTN com o critério regional da LC 62/89 (que destina 85% do FPE para os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), há que se ajustar o coeficiente 3,6672, multiplicando-se por 15%, o que resulta no coeficiente 4,2452.

Esse, portanto, é o percentual do FPE que cabe, segundo os critérios do CTN e da Lei 62/89, ao futuro Estado do Tapajós.

Mas, em cifras, quanto é que isso corresponde por ano?

Em 2010, o montante da arrecadação de Imposto de renda e Imposto dobre Produtos Industrilizados (IPI) destinado ao FPE (21,5%, conforme CF/88) totalizou R$ 48,78 bilhões.

Com a previsão de crescimento nominal da arrecadação desses tributos da ordem de 22% para 2011, em relação a 2010, o montante do FPE a ser rateado pelos estados será em torno de R$ 59,51 bilhões (não deduzido o FUNDEB). Como o Estado do Tapajós teria direito a 4,24% (critério regional e do CTN), pode-se asseverar que sua cota seria algo em torno de R$ 2,52 bilhões.

Somando esse montante ao que se prevê que o Estado do Tapajós arrecadará a título de receitas próprias (R$ 780,00 milhões), estima-se que o novo estado terá uma receita corrente de pelo menos R$ 3,3 bilhões, sem contar com os repasses do FUNDEB e SUS.

Do exposto, conclui-se que o economista do IPEA, senhor Rogério Boueri, cometeu um grave erro na sua análise ao não levar em conta a cota do Fundo de Participação dos Estados a que o futuro Estado do Tapajós terá direito.

Cabe agora ao economista pedir desculpas à população do futuro Estado do Tapajós e procurar cercar-se de cuidados nas próximas análises e entrevistas que conceder, princi-palmente se o assunto tratar-se da divisão do Estado do Pará.

* Evaldo Viana é Analista Tributário da Receita Federal e Bacharel em Direito pela UFPA

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CASO DOROTHY STANG: STF NEGA LIBERDADE A VITALMIRO MOURA

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, teve pedido de soltura negado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Vitalmiro, mais conhecido como Bida, está preso preventivamente em Belém, onde aguarda a conclusão do processo.

Gilmar Mendes negou o pedido em caráter liminar e ainda analisará o mérito. “Não vislumbro manifesta ilegalidade na prisão, uma vez que possível excesso de prazo se daria no exame de mérito deste habeas e, ante a deficiente formação dos autos, indefiro o pedido de medida liminar”, diz Mendes, na decisão .

A missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros em fevereiro de 2005, no município de Anapu, sul do Pará. Ela já havia recebido diversas ameaças de morte por seu engajamento em trabalhos sociais na região. Stang atuava em projetos de reflorestamento que buscavam de emprego e renda em áreas degradadas e defendia a redução de conflitos fundiários na região.

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

ALOPRADOS DO PT: MPF REABRE INVESTIGAÇÕES

A Procuradoria da República em Mato Grosso pediu que a Polícia Federal (PF) retome as investigações sobre o escândalo do Dossiês dos Aloprados. O procurador Douglas Santos Araújo fez o pedido nesta segunda-feira. O inquérito, que está em poder da Justiça Federal, deve ser devolvido ao Ministério Público. Como o antigo responsável pelo caso, Márcio Lúcio de Avelar, deixou o posto, um novo relator será sorteado.

A Procuradoria foi responsável por investigar o caso dos aloprados em 2006, mas as investigações pararam por falta de novos elementos. Com as revelações de VEJA, o caso foi retomado. Os procuradores não dão detalhes sobre o tipo de diligências solicitadas à Polícia Federal.

O caso veio à tona em 2006. Às vésperas do primeiro turno das eleições, a PF prendeu em um hotel de São Paulo petistas carregando uma mala com 1,7 milhão de reais. O dinheiro seria usado para a compra de documentos falsos ligando o tucano José Serra, candidato ao governo paulista, a um esquema de fraudes no Ministério da Saúde. 

Reportagem de VEJA desta semana desvenda o mistério cinco anos depois. A revista teve acesso às gravações de conversas de um dos acusados do crime, o bancário Expedito Veloso, atual secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/

NEM SARNEY CONCORDA COM O SIGILO NAS OBRAS DA COPA 2014

Inacreditável: José Sarney, o "marimbondo de fogo" e imperador vitalício do empobrecido Maranhão e vice-rei do inerte Amapá, amigo e colaboracionista de todos os governos - da ditadura golpista ao governo petista - consegue ser mais "democrata" do que Dilma e seu governo.

Pois ele afirmou, hoje, ser contra o sigilo determinado por Dilma, com aval da maioria da Câmara Federal, nas obras da Copa 2014.

A Medida Provisória 527/2011 estabelece o chamado Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que busca agilizar o trâmite para obras que tenham relação com o torneio esportivo. O texto prevê a possibilidade de que o custo de algumas obras não seja divulgado na fase de licitação.

Tradicional aliado do governo, o peemedebista discorda da posição do Planalto: "Devemos encontrar uma maneira de retirar esse artigo da medida provisória, uma vez que ele dá margem, inevitavelmente, a que se levantem muitas dúvidas sobre os orçamentos da Copa. Não vejo nenhum motivo para que se possa retirar a Copa das normas gerais que têm todas as despesas da administração pública", afirmou.

O texto-base da MP que flexibiliza as regras dessas licitações foi aprovado pela Câmara na semana passada. As emendas apresentadas à proposta só serão votadas pela Casa no dia 28 de junho. Depois disso, o projeto segue para o Senado.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/ e rdação do blog

PS: "Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência" - Art. 37 da Constituição Federal.

Onde está a dúvida quanto à clareza do texto constitucional? Para Sarney, o texto é cristalino. Para o Governo Dilma, uma medida provisória pode alterá-lo, sim.

E aí? Quem vai encarar? Nem o Supremo Tribunal Federal?

LULA TEM UM PROBLEMA PSICOLÓGICO?


Na coluna do jornalista Gilberto Dimenstein, na Folha.Com, hoje, com o título acima:

"Lula voltou a atacar os 'formadores de opinião' durante um evento com blogueiros. É uma espécie de obsessão por sentir-se discriminado pela imprensa. Essa mesma imprensa que projetou sua imagem como herói sindical, renovador da política brasileira ao fundar um novo partido e, no balanço final de sua gestão, reconheceu que, no geral, foram oito anos positivos. Existiria aí um problema psicológico?

Fernando Henrique Cardoso fez essa pergunta por outro motivo: não conseguia entender por que Lula sempre o tratou com desprezo. A resposta no caso FHC é a mesma para questão da imprensa.

Lula tem um problema psicológico, sim - e é até compreensível. E vai além de não gostar de ser criticado.

Lula sempre se viu cercado de intelectuais, a começar dentro do PT. E, no fundo, nunca soube lidar muito bem com sua escassa educação formal. Uma escassez que não impediu de ser um bom presidente.

O jeito que teve de enfrentar essa insegurança foi sustentar um discurso de desconfianças dos acadêmicos e intelectuais, tudo no caso dos formadores de opinião.
Há uma visão ingênua de que o povo tem uma sabedoria inata.

Tanto FHC como a imprensa servem de símbolos como motivo de ataques para essa insegurança de Lula.

Está aí um bom problema a ser tratado no divã". 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/931945

ALMEIRIM: CACIQUES APALAÍ PREPARAM ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

A confirmação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na semana passada, de realização de eleições suplementares em Almeirim volta a deixar o clima político local em efervescência e seus líderes, em frenesi. Pouco mais de uma semana depois do anúncio, pelo menos dez nomes já são apresentados como prováveis candidatos. Terra dos índios apalaí, Almeirim continua com muitos caciques.

Nada de mais, nenhuma novidade, tudo típico de clima pré-eleitoral. No frigir dos ovos, três ou quatro nomes vão restar em condições de disputa.

Certo, mesmo, apenas o fato de que os ex-prefeitos Aracy Bentes, o popular "Arara", e Gandor Hage não serão candidatos - não que não desejem, claro, mas porque estão impedidos, inelegíveis. Certas, também, são as incertezas nos partidos ou coligações, sem trocadilho.

No PT, que detém, por enquanto, o comando atual do município, dois nomes vão disputar a cabeça: José Botelho, atual prefeito, e Ivanildo Sarraf, o vice, que quer inverter as posições na nova chapa eleitoral. Ivanildo é ligado à Democracia Socialista (DS), comandada pela ex-governadora, agora sem poder. Botelho tem ligações não-históricas e frágeis com o grupo de Paulo Rocha. Se não conseguirem evitar a disputa figadal, o sangue dará no meio da canela. As relações sempre foram além de conflituosas. Ivanildo quer prévias no partido.

Pelo lado do PMDB, a decisão passará necessariamente pelo vereador Antônio Jambo, o “Toca”, ex-presidente da Câmara Municipal, e por Lúcia Bezerra, empresária em Monte Dourado, distrito que concentra a maioria dos votos municipais. O ex-prefeito Aracy Bentes continua no PMDB, mas já negociou com o PSDB uma vaga no ninho tucano. Mas, dependendo das negociações em curso, Arara não pretende ficar fora da discussão no PMDB. Inelegível, ele guarda na manga a possibilidade de indicar uma filha ou uma irmã como candidata. Os deputados Antonio Rocha e Josefina Carmo, ambos do PMDB, também mexerão pedras nesse tabuleiro.

Já no PSDB, o mingau está grosso, ainda que o cenário não lhe seja ruim. Isso porque, com a anulação da eleição anterior, o que deverá acontecer nos próximos dias pelo TRE/PA, a atual presidente da Câmara Municipal, vereadora Fátima Vilela (PSDB), deverá assumir o comando do Executivo local, guindando Francisco Lisboa (PPS) à presidência do Legislativo. Como os dois partidos são aliados no governo do Estado – o atual vice Helenilson Pontes é do PPS -, e com a ida de Aracy Bentes para o poleiro dos tucanos, esse seria o quadro ideal para ser mantido até as eleições do próximo ano. Aracy diz que, em 2012, já estaria liberado para ser candidato, e ele quer. Por outro lado, o também ex-prefeito Gandor Hage garante que vai indicar nome para disputar a vaga do PSDB às eleições suplementares, provavelmente o comunicador Robertão. O deputado Sidney Rosa, atual secretário estadual de Projetos Estratégicos, garante que também está na disputa interna. Ele trabalha com a possibilidade de dois nomes: um filho seu ou Augusto Praxedes, diretor da Fundação Orsa, em Monte Dourado. O ninho está expulsando pelo ladrão!

Finalmente, não havendo o perfeito entendimento entre os tucanos e o PPS, o candidato deste será, inevitavelmente, o vereador Francisco Lisboa, virtual presidente da Câmara. Neste caso, para onde iria o apoio de Aracy? Promessas já existem, mas pouco exequíveis.

Pra encerrar, ainda há Luizinho Fonseca, pelo DEM, que saiu do PMDB e garante ter apoio do deputado Haroldo Martins.

E o que fariam PSB, PP, PDT, PMN e PSL? Nanicos locais, vão buscar agregação. Não lhes restam alternativas mais alvissareiras.

A política de Almeirim, terra natal dos apalaí, continua com caciques demais, desproporcional aos seus índios.