quarta-feira, 12 de outubro de 2011

É QUILOMÉTRICA A RELAÇÃO DE FICHAS SUJAS DO TCE

Às vésperas de mais uma eleição municipal, quando, em outubro de 2012, vamos eleger 144 prefeitos paraenses, igual número de vices e mais de 1500 vereadores, é leitura obrigatória dos cidadãos minimamente interessados no futuro de seus municípios a lista publicada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) dos ex-gestores municipais que lá aparecem enrolados em prestações irregulares de recursos públicos. Não que eles venham a preocupar nossos sonhos e mais uma vez ameaçar o futuro de nossos municípios. Não: eles estão inelegíveis e não nos ameaçam!

Mas a lista dos fichas sujas do TCE não nos interessa apenas pelos ex-gestores. Também há nela uma relação enorme de cidadãos aparentemente acima de qualquer suspeitas, dirigentes ou ex-dirigentes de entidades da sociedade civil, sejam grupos folcloricos, sindicatos, associações de moradores de produção, de municípios, ... Até liga esportiva municipal tem lá. A relação é quilométrica!

O total de recursos desviados, mal aplicados ou com prestação pendente chega a 61,9 milhões, que, corrigidos, alcançam a pequena montanha de R$ 249,8 milhões, resultante de recursos repassados pelo governo do Estado, através de convênios ou outros contratos, a municípios e entidade civis. E isso apenas no período de 2002 a 2010. 

Mesmo inelegíveis, esses ex-prefeitos vão, com certeza, apresentar e defender nomes de candidatos nas eleições do próximo ano. O mesmo deverão fazer os dirigentes de entidades que lá aparecem bronqueados junto ao TCE. Que todos saibam: são pessoas que estão com prestação de contas julgadas e rejeitadas pelo TCE. Se estão rejeitadas é porque há irregularidades na aplicação dos recursos recebidos ou na prestação de contas.

Muitos, com certeza, são pessoas de boa índole, até honestas, mas sem o necessário conhecimento técnico para a indispensável prestação de contas, ou simplesmente se deixaram usar por algum espertalhão que intermediou a liberação do recurso. Já outros, pelo grande número de processos lá constantes, são praticamente réus confessos. 

Todo cuidado é pouco com esses senhores. Mantê-los o mais distante possível dos cofres públicos é uma atitude no mínimo prudente.

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