Sobre a postagem “OAB promoveu debate sobre o AHE Belo Monte”, publicado no dia 25 de fevereiro, o geólogo José Waterloo Leal enviou, por e-mail, o seguinte comentário:
Amigo Piteira,
já estamos debatendo (isso) há mais de 20 anos, muitos daqueles que iniciaram os debates já sumiram sem saber se Altamira vai ou não para o fundo e também sem usufruir dos resultados do empreendimento.
Desculpe a minha verdade, eu lembro a você que quando do fechamento das comportas de Tucurui, grandes personagens ligadas a TERRINHA afirmaram que nossas águas Guajarinas ficariam salgadas.
O que é preciso, nobre amigo, é , na verdade, dar dignidade às populações tradicionais, ribeirinhas, quilombolas e outras mais, oferecendo emprego, ocupação e melhores condições de vida.
Fique certo, grande companheiro, eu não sonho com um par de peconhas para meus netos.
José Waterloo Leal
Um comentário:
Leal,
o saldo altamente importante do debate promovido pea OAB/PA é que a entidade tomou a decião de apoiar o projeto do AHE Belo Monte, mas resolveu criar um grupo de trabalho para acompanhar as próximas etapas do empreendimento.
Relatei, no evento, aquela história da salinização das águas que banham Belém, que ocorreria com a construção da barragem de Tucuruí e a retenção as águas do rio Tocantins. Um outro participante relembrou que até o Nilson Chaves compôs uma música falando sobre a morte do rio, ssua flora e sua fauna.
Presente ao encontro, o bispo do Xingu, dom Erwim Krautler, reduziu sua previsão cataclísmica sobre o AHE Belo Monte: afirmou que apenas 1/3 da cidade de Altamira vai ser inundada (antes, a versão dele era que a inundação seria total). A representante do Ibama no evento desmentiu a versão do bispo.
As previsões alarmistas daqueles que são contrários ao projeto são facilmente desmontáveis num debate sério e transparente, sem claques. Foi o que aconteceu no evento promovido pla OAB/PA. Acho que seria salutar a realização de outros.
José Maria Piteira
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