Egydio Schwade: "A Zona Franca de Manaus, criada pelo regime militar, causou um deslocamento populacional do interior para a capital, muitas destas pessoas não tinham nenhum direito”
O coordenador do Comitê Estadual de Direito à Verdade, Memória e Justiça do Amazonas, Egydio Schwade, disse que há uma insensibilidade dos órgãos institucionais quanto ao regime autoritário e sua atuação na Amazônia.
“Um exemplo é a Zona Franca de Manaus que, criada pelo regime militar, causou um deslocamento populacional do interior para a capital, mas muitas destas pessoas ao chegarem a Manaus não tinham nenhum direito”, frisou Schwade, em declaração no Fórum Amazônia Contra o Autoritarismo, ontem, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O evento, promovido para debater as consequências da política do Regime Militar na região entre 1964 e 1985, reuniu universitários, professores e lideranças políticas.
O líder indígena Ivanildo Tenharim, do município de Humaitá, lembrou que a construção da rodovia Transamazônica, no sul do Amazonas, provocou o trabalho forçado de povos indígenas durante o regime miltar.
“A construção da Transamazônica trouxe impacto ambiental, cultural e social nos povos que habitam o sul do Estado. Os militares pagavam os indígenas e os colocavam para trabalhar sem direito a receber qualquer outro benefício”, lembrou Ivanildo.
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