Motivos ideológicos levaram a governadora Ana Júlia Carepa à Venezuela, em novembro passado, onde se encontrou com o bufão Chaves. Hoje, razões bolivarianas trazem uma ampla comitiva de representantes da falida Venezuela a Belém para retribuir a visita e fechar negócios com o Pará. Aqui serão recebidos com tapete vermelho, banda musical e muita festa no Hangar Centro de Convenções.
Mas é difícil dimensionar as vantagens econômicas que uma parceria dessa com o bufão Chaves poderiam render ao Pará, hoje e nos próximos anos, diante do quadro de colapso socioeconômico e político em que se encontra o país vizinho. Hugo Chaves, em nome do socialismo bolivariano, levou o país à bancarrota.
O país sofre um violento racionamento de energia elétrica, por causa do colapso da principal hidrelétrica local em função da falta de chuvas, a inflação já se avizinha dos 30%, há falta de alimentos e o racionamento no consumo de água é dos mais drásticos. Chaves interviu no setor agropecuário, inclusive com a estatização de empresas de varejo.
Revoltado, o povo foi às ruas e dois estudantes perderam a vida em confrontos com forças parmilitares criadas e armadas por Chaves. Ontem, um empresário foi preso e poderá ser condenado a 16 anos de prisão por ter criticado o governo em um programa de entrevista na televisão. Em janeiro passado, Chaves interviu e fechou seis canas de TV que se recusavam a transmitir ao vivo seus longos discursos, raivosos e demagógicos.
Assim como Lula, a governadora Ana Júlia parecer nutrir simpatias por um déspota com mania de grandeza e superpoderes - aliás, uma característica de todos aqueles que desdenham da democracia e pisoteiam as liberdades de pensamento, expressão e de imprensa, entre outras.
Pobres venezuelanos! Coitados de nós, cujos governantes simpatizam e apoiam os crimes desse ditador!
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