O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e BiocombustíveiS (IBP), João Carlos de Luca, teceu críticas, nesta terça-feira, à proposta do governo de fazer da Petrobras a operadora única dos campos de produção do pré-sal.
"Isso não é bom nem para a Petrobras", disse Luca. Segundo ele, a situação levará a uma diminuição da competição e, consequentemente, da inovação tecnológica na produção do pré-sal. "A Petrobras sempre será líder da indústria, como é hoje. Mas estender a ela a operação única vai limitar o aparecimento de outras empresas", afirmou.
Além disso, como a Petrobrás terá pelo menos 30% de participação em cada consórcio, a estatal corre o risco de ser obrigada a atuar em um campo que não considerar atrativo, tendo de acompanhar os riscos dos investidores que arrematarem o bloco.
Luca também se mostrou preocupado com o fato de haver um comprador único - no caso, a Petrobras - o que será um problema para os fornecedores de bens e equipamentos, que negociarão com uma única empresa.
O IBP também está preocupado com o poder que a nova estatal que vai gerenciar o pré-sal, a Petro-sal, terá nas decisões dos consórcios privados que arrematarem os blocos. Pela proposta do governo, a Petro-sal terá 50% dos assentos e o poder de veto nos comitês operacionais que vão administrar os consórcios.
Fonte: Agência Brasil
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