O Ministério Público Federal, órgãos ligados a questão ambiental e integrantes da colônia de pescadores Z-20 se reúnem nesta segunda-feira (28) em Santarém, no baixo Amazonas, para discutir sobre melhorias na fiscalização da pesca ilegal na cidade. A reunião acontece na sede da colônia, em Santarém, às 10 horas.
Desde 2004, os pescadores de Santarém buscam apoio das instituições públicas para combater os excessos da chamada pesca "de arrastão", também conhecida por pesca "de bubuia", feita com redes que atravessam o rio de uma margem à outra, nos rios Tapajós e Amazonas.
Segundo os pescadores artesanais, apesar desse tipo de pesca ser permitida pelo Ibama, é enorme o prejuízo para o meio ambiente e para as famílias que vivem da pesca tradicional.
De acordo com eles, na pesca do arrastão são utilizadas redes fortes que retêm até o material depositado no fundo dos rios e também são pescados filhotes de peixes, com tamanho menor que o permitido para a pesca.
Ainda de acordo com os pescadores, essa competição é desleal e gera desemprego para a categoria.
Os pescadores tradicionais propõem a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com os pescadores profissionais, para que sejam definidas áreas para cada tipo de pesca.
O Ibama reconhece que é preciso mais fiscalização na área, para combater a pesca ilegal, porém, afirma que a estrutura do órgão é insuficiente para a fiscalização. Para o órgão, o apoio das secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, da capitania dos portos e da Secretaria Especial de Aquicultura e pesca do governo federal são fundamentais para se chegar a uma solução.
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