Nesta sexta-feira, satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectavam 609 pontos de queimadas na Amazônia. O número é alto e, segundo previsões climáticas do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), tende a piorar.
A previsão é de seca e temperaturas altas para os próximos três meses, em especial na porção leste da Amazônia – justamente onde há menos floresta e a vegetação está mais propensa ao fogo. "A floresta está preparada naturalmente para períodos de estiagem relativamente longos, mas as pastagens, depois de algumas semanas sem chuva, secam e acabam morrendo", explica o chefe da Divisão de Meteorologia e Climatologia do Sipam, Ricardo Dallarosa.
A seca é resultado do aquecimento das águas do Oceano Pacífico – fenômeno conhecido como El Niño. Caso esse evento climático se acentue, as chuvas diminuirão ainda mais e as fumaças provenientes das queimadas podem ter dificuldade de se dissipar na atmosfera, em um fenômeno conhecido como 'inversão térmica'.
"É como colocar uma tampa que impede que os gases produzidos na superfície possam se dissipar. Eles ficam presos. A concentração de fumaça aumenta, e isso acaba causando problemas de saúde do trato respiratório", conta Dallarosa.
Fonte: www.g1.com.br
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