quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CLIMA DE GUERRA NO CENTUR

Na noite de ontem, no Centur, poucas autoridades presentes – e também algumas ausentes – escaparam dos apupos violentos de militantes do MST, Faor (Fórum da Amazônia Oriental), do Comitê Doroty Stang e partidos políticos presentes no Teatro Margarida Schivazapa, local da quarta audiência pública que discutiu o EIA/Rima do AHE Belo Monte. Portanto faixas, cartazes, banners, usando apitos, entoando hinos militantes já manjados e gritando palavras de ordem, eles assumiram a maioria das cadeiras disponíveis no local.

Até antes da saída dos manifestantes contrários ao projeto, somente escaparam das vaias ensurdecedoras os membros do Ministério Público (estadual e federal). O representante da governadora Ana Júlia, secretário Maurílio Monteiro, foi alvo de gritos, vaias e palavras de ordem com impropérios diversos. Só conseguiu ser ouvido porque o volume do som local foi aumentado.


O simples anúncio dos nomes do presidente do Ibama, Roberto Messias França (que presidiu o evento), do superintendente do órgão no Pará, Paulo Batista Diniz, e do presidente da Eletrobrás, Valter Cardenal, provocou vociferações demoradas dos manifestantes.

Os mais agressivos e provocantes eram os militantes do MST. A arrogância estampada em seus rostos e atitudes incomodou a todos, como se quisessem dizer “faço-quebro-arrebento-e-ninguém-me-segura”. Parte do grupo chegou a empurrar e estapear um homem que se opunha às suas manifestações, quase jogando-o ao chão. A turma do “deixa-disso” chegou e controlou os mais exaltados.


Ao chegar ao teatro, o deputado federal Paulo Rocha (PT) foi apupado com frases do tipo “petista mensaleiro”. Até o presidente Lula não escapou da ira insana dos manifestantes.

Esse era o clima de beligerância no Schivazapa. A audiência pública só pode começar depois da saída deles.

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