terça-feira, 8 de setembro de 2009

CALHA NORTE: MUNICÍPIOS PREPARAM MOBILIZAÇÕES PARA AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Unidades de conservação cobrem 83% do território da Calha Norte.


Dirigentes políticos de Monte Alegre, Prainha e Alenquer se reuniram, sábado passado, para discutir estratégias de ação conjunta para as três audiências públicas que vão debater o zoneamento ecológico econômico da região da Calha Norte. As reuniões acontecerão no período de 25 a 27 de setembro, nas cidades de Almeirim, Monte Alegre e Oriximiná, respectivamente, e serão coordenadas pela Secretaria de Estado de Projetos Especiais (Sepe), comandada por Marcílio Monteiro.

Uma das preocupações dos prefeitos, vereadores e dirigentes da sociedade civil regional é o tempo que foi dado a eles para se prepararem para a discussão do assunto, tão importante e decisivo para o futuro da região. Acham que o processo está sendo feito de afogadilho.

O principal produto das audiências será a Carta de Gestão do Território, na qual estarão identificadas todos os recursos e potencialidades naturais e humanas da região, que tem área de 280 mil/km² e população de 353 mil habitantes. O resultado das audiências será enviado à Assembléia Legislativa para ser votado.

Acontece que a Calha Norte possui sete unidades de conservação estaduais, que somam quase 13 milhões de hectares, além de outras unidades federais, aí incluídas os territórios indígenas. Elas cobrem nada menos que 83% do território da região. Daquelas criadas no final de 2006, apenas duas – Flota Paru e Estação Ecológica Grão Pará – estão sendo pesquisadas para a elaboração de seus planos de manejo, que deverão estar concluídos somente no início de 2010.


“Como aprovar o microzoneamento ecológico econômico da região sem que os planos de manejo dessas unidades estejam elaborados?”, perguntam eles.

Os representantes dos três municípios voltam a se reunir no dia 16 de setembro para novas discussões preparatórias. Eles se preparam para levantar muitos questionamentos e apresentar várias propostas durante as audiências.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente este novo horário, que na verdade iniciou em 2007, é positivo para todos: para as escolas, para os alunos, para a organização, para o público, e até para os vendedores ambulantes que melhoraram suas vendas. Também você tem razão quanto a baderna que é esse desfile de motociclistas, que já ocorre há mais de 10 anos, sempre da mesma forma: uma apologia a ilegalidade, quando poderiam aproveitar sua capacidade de mobilização e exposição que este tipo de evento possibilita, para levantar bandeiras positivas. Sua crítica é muito oportuna e a SEMEC tem obrigação de rever sua posição para o próximo ano, quem sabe propondo uma nova atitude dos motoqueiros