O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse, hoje, à Agência Estado que considera possível a emissão de uma licença ambiental provisória para a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no estado do Pará, assim como foi feito no caso da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. Essa licença provisória serve para a construção do canteiro de obras e é emitida antes da licença de instalação, que é para a construção da usina em si.
Segundo o ministro, no caso de Jirau, o consórcio responsável pela obra assinou os contratos de concessão 45 dias depois do leilão, que ocorreu em maio de 2008. "E depois conseguiu uma licença provisória para ganhar tempo", afirmou Zimmermann.
Ele explicou que foi considerando essa hipótese que disse, na sexta-feira, em Florianópolis (SC), sobre a possibilidade das obras de Belo Monte começarem em setembro. "Não acho impossível (ter uma licença provisória) porque Jirau também conseguiu. Mas não sei o que o empreendedor está avaliando", disse. Ele explicou que, por enquanto, não está havendo um trabalho do ministério junto aos órgãos ambientais para que essa licença seja emitida.
Zimmermann também acha possível que novas empreiteiras participem da execução da obra da usina hidrelétrica de Belo Monte. "Acho que é normal que uma grande obra envolva várias empresas. É natural que qualquer grupo que ganhasse Belo Monte chamasse várias empresas", disse Zimmermann, considerando, inclusive, a possibilidade da entrada da construtora Andrade Gutierrez, que integrou o consórcio derrotado no leilão da usina, realizado na semana passada. "Mesmo ela (Andrade Gutierrez). São grandes empresas construtoras. Uma coisa é a investidora de energia junto ao leilão. Outra coisa é a empresa que constrói", acrescentou.
Fonte: Agência Estado
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