O descrédito político, a falta de apoio parlamentar na Assembléia Legislativa e a ânsia desesperada de dispor de dinheiro para os restantes meses de governo e o período eleitoral levaram a governadora Ana Júlia Carepa a se render às exigências impostas por deputados estaduais como condição para aprovar o pedido de autorização para o empréstimo de R$ 366 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).
Ontem, no Centro Integrado de Governo (CIG), Ana Júlia concordou em abrir mão de 50% do valor pretendido para ser distribuído entre os 143 municípios paraenses, sendo 43% diretamente, na forma de convênios, e os 7% restantes através de emendas parlamentares. Mas ainda falta definir os critérios que serão adotados para fazer essa partilha direta aos municípios.
Mas o acordo não garante a aprovação imediata do pedido de empréstico. Os deputados não abrem mão de uma exigência: que o governo do Estado deve apresentar uma planilha real e detalhada indicando como pretende aplicar os R$ 183 milhões que lhe restarão do bolo negociado.
No frigir dos ovos, os municípios acabam sendo amplamente beneficiados com o acordo proposto pelos deputados e com a participação da Federação das Associações de Municípios do Pará (Famep).
Ainda bem! Com o dinheiro indo diretamente para os municípios, é grande a chance de que este seja aplicado em benefício da população, com esta podendo fiscalizar sua aplicação.
Quanto à parte do governo do Estado, só Deus saberá - e seus operadores, claro.
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