Em Barcarena, não deu certo a tentativa da atual diretoria do Sindicato dos Químicos de se reeleger sem disputa com a oposição - a chapa adversária acabou impugnada de forma arbitrária e, mesmo assim, a chapa única e oficial conseguiu apenas 27% dos votos válidos, forçando uma segunda eleição. Os trabalhadores da Alunorte formam a principal base do sindicato.
A comissão eleitoral, formada por membros escolhidos a dedo pela própria diretoria do sindicato e pelo comando estadual da União Geral dos Trabalhadores (UGT), marcou o segundo escrutínio para a próxima quinta-feira. Mas, até agora, não publicou o necessário edital convocando a categoria para o pleito. A informação corre de boca a boca - uma ilegalidade que justificará nova denúncia da oposição ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em Abaetetuba.
Na primeira denúncia ao MPT, os trabalhadores da oposição relataram uma lista enorme de irregularidades. Entre estas, a prorrogação ilegal do horário da eleição, no dia 6 de maio, na marra, na tentativa de conseguir quorum à eleição. O MPT resolveu agir, mas não consegue encontrar os membros da comissão eleitoral para notificá-la a se manifestar diante das denúncias.
Hoje, a oposição entrou com ação na Justiça do Trabalho, em Abaetetuba, solicitando a anulação da primeira eleição. Se acatado o pedido, uma junta governativa assumirá o sindicato, eleita em assembléia geral, como manda o estatuto da entidade, devendo convocar nova eleição no prazo de 120 dias.
A oposição conta com o apoio e solidaridade das demais centrais sindicais - CUT, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Na manhã de hoje, em Belém, representantes destas centrais se reuniram com um diretor da Alunorte e ouviram deste a garantia de que a empresa não vai interferir na disputa.
Que assim seja!
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