Centenas de policiais e bombeiros de todas as regiões do país lotaram, ontem, as galerias da Câmara dos Deputados em Brasília. Eles pressionaram os parlamentares durante todo o dia para ter incluída na pauta de votação a Proposta de Emenda Constitucional nº 300/08, que cria o piso salarial provisório a policiais e bombeiros militares, de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil - para praças e oficiais, respectivamente.
No início da noite, eles viram frustradas suas tentativas. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB), não atendeu aos apelos da maioria absoluta dos deputados, que assinaram diversos requerimentos solicitando a inclusão da PEC na Ordem do Dia.
Temer decidiu criar uma comissão formada por três deputados governistas e três da oposição para analisar o texto da PEC 300 e de outras matérias relacionadas à segurança pública, como a PEC 308/04, que cria a Polícia Penal. A decisão de Temer desagradou o líder dos policiais, o deputado Capitão Assunção (PSB-ES), um dos parlamentares que mais se destaca na defesa da PEC 300. Ele decidiu informar aos policiais o que se passava na reunião de líderes, postando em seu twitter todas as decisões anunciadas pelo presidente da Câmara. Ao saber que estava sendo “grampeado”,Temer se irritou e encerrou a reunião.
Reagindo à decisão da direção da Casa, líderes do movimento defendem paralisação geral dos policiais e bombeiros, em protesto e como pressão pela votação da PEC.
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