Há méritos no avanço da diplomacia brasileira na mediação do acordo nuclear assinado, ontem, entre Irã, Turquia e Brasil, mas este não é garantia de que a ambição nuclear dos aiatolás tenha sido contida. Pelo acordo, o Irã trocará 1.200 kg de urânio enriquecido a 3,5% por 120 kg de urânio, enriquecido a 20% na França e na Rússia.
E a prova de que o fracasso é possível veio logo depois do anúncio do tratado entre os três países. Bastou acabar a festa de assinatura para que o diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Saleh, anunciasse ao mundo que o enriquecimento de urânio a 20% em solo iraniano vai continuar. "Não existe relação entre o acordo de troca e nossas atividades de enriquecimento. Vamos continuar nosso trabalho de enriquecimento de urânio a 20%", disse Salehi.
A atitude mostra que o Irã, mas uma vez, deve trilhar o caminho que seguiu em acordos anteriores. O histórico de negociações indica que, apesar de se comprometer com vários tratados, os iranianos invariavelmente os descumprem poucos meses depois.
Para ler mais, http://veja.abril.com.br/noticia/
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