Principal aliado do PT em 2006, o PMDB vinha há muito demonstrando insatisfação com o tratamento dado pelo governo a seus indicados. Lideranças nacionais, como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, vieram ao Pará várias vezes trabalhar para que a dobradinha da última eleição fosse reeditada já no primeiro turno.
O argumento é de que isso fortaleceria a candidatura de Dilma Rousseff no Estado com maior número de eleitores na região Norte.
Na semana passada, o presidente do partido, deputado federal Jader Barbalho, foi procurado pela governadora Ana Júlia Carepa, que chegou a oferecer para a legenda a candidatura de vice-governador e a segunda vaga ao Senado para Barbalho. A outra vaga seria disputada pelo deputado federal petista Paulo Rocha.
A aprovação da autorização pela Assembleia Legislativa de empréstimo ao governo, no valor de R$ 366 milhões, levantou especulações de que a aliança estava fechada, mas a pressão da base pela candidatura própria continuou. Pesquisas indicariam Jader em primeiro lugar nas intenções de voto numa eventual disputa ao governo. Diante da decisão dele de ser candidato ao Senado, o PMDB acabou surpreendendo com o anúncio da candidatura de Juvenil.
Surpreendido com a novidade, o presidente do PT no Pará, João Batista, disse que ainda reunirá na semana que vem “para tentar compreender melhor a decisão” do agora ex-aliado.
Adiantou, contudo, que a convivência entre as duas chapas será “saudável”. “Teremos que conviver, porque apoiaremos a mesma chapa nacional e vamos manter o diálogo com vistas ao segundo turno”.
A expectativa é de que, a partir de hoje, os peemedebistas entreguem todos os cargos que ainda ocupam no governo. De acordo com levantamento da líder do PT na AL, deputada Bernadete ten Caten, seriam 300. O líder do PMDB na AL, deputado Parsifal Pontes, nega. “A deputada deve ter visto isso com lente de aumento, mas dentro da atual conjuntura, sejam três, sejam três mil, devemos colocá-los à disposição”.
Fonte: www.diariodopara.cm.br
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