Artigo Ruy Fabiano publicado no Blog do Noblat, hoje, com o título acima:
Não é apenas em política interna que José Serra diverge do governo Lula. Talvez seja onde menos divirja. É na política externa que o antagonismo parece maior. Já se posicionou criticamente à condução do comércio externo, mencionando seus déficits constantes, sobretudo em relação à China.
Mostrou-se cético em relação à intermediação diplomática no Irã, não hesitando em classificar seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, como ditador, comparando-o a Hitler e Stalin.
Mas é no âmbito estrito do continente sul-americano que Serra exibe maiores divergências. Em relação a Hugo Chavez, da Venezuela, disse não nutrir “simpatia e admiração”, e não considera que se trate de uma democracia, como sustenta o governo Lula.
Chavez, por sua vez, veio ao Brasil e pediu votos para Dilma, gesto que fere o protocolo diplomático, mas que, no caso, configura também reciprocidade, já que Lula, em território venezuelano, já o fizera antes. Idem em relação a Evo Morales, na Bolívia.
E foi justamente contra o governo de Evo Morales que Serra investiu esta semana, em entrevista a uma rádio, no Rio. Acusou-o de cúmplice no processo de exportação de cocaína para o Brasil. Não disse nenhuma novidade; a novidade foi tê-lo dito.
Disse que 90% da cocaína que o Brasil consome vêm da Bolívia e que isso não seria possível sem a cumplicidade do governo boliviano. Nenhuma novidade nisso também.
Para ler todo o artigo, www.oglobo.globo.com//pais/noblat/
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