Quem passa pela área elevado da Júlio César, em Belém, estranha a colocação, nos últimos dois dias, de extenso tapume preto na lateral próxima ao Aero Clube e, mais abaixo, em um triângulo na Avenida Pedro Álvares Cabral. O objetivo é claro: esconder parte da obra que ainda não está pronta.
Em outras palavras: a obra do elevado será inaugurada, amanhã, pela governadora Ana Júlia Carepa, em meio a uma festa milionária, mas ela está incompleta, inconclusa.
Nos anúncios que manda fazer pelos bairros próximos à obra, o texto fala em "primeira etapa" da obra. Por que não conclui e inaugura a obra do elevado de uma só vez? É para inaugurá-la em nova festa já em pleno período eleitoral?
Na terça-feira passada, na Câmara Municipal de Belém, o vereador Otávio Pinheiro (PT), ao falar sobre a obra e anunciar sua inauguração, ele afirmou ser "a primeira obra..." e gaguejou. Quase deixa escapar a verdade: a primeira obra do governo Ana Júlia. Mas, superada a gagueira, disfarçou: " ... de uma série que ainda serão inauguradas", não literalmente.
Em três anos e cinco meses de governo, é, realmente, a sua primeira e única obra relevante, em Belém. É pouco, muito pouco, em todos os sentido, mas especialmente se comparado à enorme relação de demandas aprovadas no processo do Planejamento Territorial Participativo (PTP).
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