Apesar de seu partido ter como pré-candidata a ex-guerrilheira Dilma Roussef, com registro de acusações diversas na guerra suja dos anos 60 e 70, como sequestro, assalto a banco e assassinato, Marta resolveu acusar o deputado federal Fernando Gabeira (PV/RJ) de sequestro. "Este, sim, sequestrou", acusou Marta, referindo-se ao episódio do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969, executado pela Ação Libertadora Nacional (ALN) e pelo Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR- 8).
E Marta foi além: afirmou que a Gabeira caberia o papel se assassinar o embaixador, que acabou libertado, depois de negociações com os generais da Ditadura. Gabeira resolveu que não vai processar nem revidar as acusações, no caso dirigindo-as à candidata do PT.
A atitude de Marta Suplicy se deu pelo simples fato de Gabeira encabeçar uma aliança com o PSDB e PP ao governo do Rio de Janeiro. É uma atitude irresponsável e enormemente perigosa, contribuindo para uma campanha eleitoral que em nada dignifica a qualidade dos candidatos, principalmente à candidata do PT. As acusações contra Dilma abundam na Internet, inclusive com farta publicação de fotografias. No período dos governos militares, Dilma teve militância ativa na Política Operária (Polop), no Comando de Libertação Nacional (Colina) e na VAR-Palmares. As ações terroristas que pesam sobre Dilma ocorreram no período em que ela militou nessas organizações.
Querendo defender Dilma dessas acusações, Marta atiçou um vespeiro que deverá se voltar contra a própria candidata do PT à Presidência da República.
Uma atitude irresponsável e de consequências perigosas.
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