quarta-feira, 12 de maio de 2010

REVELADAS AS RAZÕES PARA A SAÍDA DE SOCORRO COELHOD DA SEDUC

São de fazer morrer de vergonha qualquer petista coerente com a história do partido as revelações feitas pela ex-titular da Secretaria de Estado de Educação Pública (Seduc), professora Socorro Coelho, que motivaram, segundo ela, sua exoneração do cargo. Ela é ligada à tendência coordenada pelo deputado federal Paulo Rocha, "Unidade na Luta".

E a própria Socorro Coelho, logo após saber de sua exoneração, fez as revelações exclusivas à professora, também petista e blogueira Edilza Fontes (www.edilzafontes.blogspot.com ), publicadas ontem, e suas palavras têm sido replicadas em jornais e blogs do Estado.

Horas depois de ser comunicada da exoneração da Secretaria de Estado de Educação, Socorro Coelho conversou com a amiga e blogueira, a petista Edilza Fontes. Durante a postagem, cujos trechos foram publicados ontem no blog de Edilza, afirma que entre as razões da saída estavam divergências sobre a aplicação de R$ 164,4 milhões que o Ministério da Educação destinou ao Pará para o fortalecimento do ensino médio. O problema é que teria havido também o interesse do secretário Marcílio Monteiro nos recursos para vitaminar o projeto Navega Pará. Como fincou pé em defesa da verba para a Seduc, Socorro viu-se num embate direto com um dos homens fortes do governo, saindo fragilizada do episódio.

Outro ponto de discórdia foi a recusa da ex-secretária em pagar as obras de reforma às empreiteiras que construíram 88 escolas sem licitação. O “núcleo duro” do governo vinha pressionando pelo pagamento e a recusa teria provocado a ira da governadora Ana Júlia Carepa, que só não demitiu Socorro Coelho há cerca de dois meses porque receou uma nova crise com a tendência Unidade na Luta, do deputado Paulo Rocha, avalista político da ex-secretária junto ao governo.

Nos bastidores, comenta-se que a flagrante irregularidade das escolas construídas sem o competente processo licitatório foi a principal razão da saída de Socorro.

Ciente da inclusão das obras das 88 escolas estaduais no relatório encaminhado pela auditora Tereza Cordovil à Assembleia Legislativa, a então secretária resolveu sair de cena antes de se ver chamuscada pelas chamas das explosivas denúncias repassadas pela ex-titular da Auditoria Geral do Estado.


Para ler mais sobre o assunto, www.diariodopara.com.br e www.edilzafontes.blogspot.com

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