Hoje, sexta-feira, andei revisitando meus livros de poesias. Não sei bem porque, mas acho que as sextas são dias apropriados para se ler poesias. Deve ser o fato de ser fim de mais uma jornada de trabalho, dia de se pensar em descanso, em família, amigos, uma bebida gostosa e uma boa companhia.
Na revisitação de hoje, encontrei Vinícius de Moaraes. E selecionei dois de seus mais belos poemas para compartilhar com os amigos do blog.
Curta-os, delicie-se com eles.
SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor, ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
MAIS UM ADEUS
Mais um adeus
Uma separação
Outra vez, solidão
Outra vez, sofrimento
Mais um adeus
Que não pode esperar
O amor é uma agonia
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar.
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