Apesar do clima tenso e de mais um confronto grave entre militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem terra (MST) e seguranças da fazenda Espírito Santo, em Xinguara, no sul do Pará, no sábado passado, que resultou em nove feridos, a governadora Ana Júlia se recusa a responder positivamente à oferta do Ministério da Justiça de enviar forças federais pra ajudar a controlar a violência na região.
Na verdade, Ana Júlia vive um dilema: se aceita a oferta, ela admite publicamente que o seu governo, quase dois anos e quatro meses de assumir o comando do Estado, não tem competência para combater a violência provocada pelo MST (apesar de o secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, já ter admitido isso, ontem); se não aceita, expõe-se ao constrangimento de ver os conflitos se agravarem ainda mais, com possibilidade de mais feridos e até mortos, diante da incompetência governamental de não conter a ação guerrilheira do MST, mantendo o Pará na pauta permanente da imprensa local, nacional e internacional.
Sintomaticamente, a governadora não compareceu, hoje, à cerimônia principal do feriado de 21 de Abril em Belém, deixando, mais uma vez, o vice Odair Corrêa ouvir os protestos contra o seu governo.
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