TRAGÉDIA IMINENTE
É gravíssima a situação no canteiro de obras das eclusas de Tucuruí, invadido pela enésima vez por integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens, Via Campesina, MST e associações de pescadores, que expulsaram os operários e tomaram máquinas e equipamentos que requerem manuseio especializado.
O perigo de uma tragédia é iminente e real, com consequências funestas não só para o andamento da obra, mas principalmente com risco de morte dos invasores e da população que vive no entorno. É que a fábrica de gelo, necessária para misturar o concreto – mistura de cimento, gelo e agregados – de modo a garantir sua alta qualidade, tem um reservatório com 7,5 toneladas de amônia, produto de alta toxicidade, explosivo e letal em concentrações de
A amônia, cujo símbolo químico é NH3, é constituída de um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio, e se apresenta como gás à temperatura e pressão ambientes. Para se ter uma idéia do enorme perigo, sob pressão atmosférica a -33,35 ºC, ela se liquefaz. É altamente higroscópica (capacidade de absorver a umidade) e sua reação com a água forma NH4OH, hidróxido de amônia, líquido na temperatura ambiente, que tem as mesmas propriedades químicas da soda cáustica (!). É estável quando armazenada e utilizada em condições normais de estocagem e manuseio. Acima de 450ºC, pode se decompor, liberando nitrogênio e hidrogênio. Mais: a amônia oferece risco de explosão, quando exposta ao calor ou chama. A presença de óleo e outros materiais combustíveis aumenta o risco de incêndio. E os invasores armaram acampamento no local e, é claro, farão fogo para preparar alimentos!
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