terça-feira, 28 de abril de 2009

TRABALHADORES DA ALBRAS RECUSAM PROPOSTA DE REDUÇÕES

Os metalúrgicos da Albrás, em Barcarena, recusaram, na noite desta terça-feira, em assembléia geral, a proposta da direção da empresa de alterar a atual tabela de turnos de produção da fábrica. A tabela atual de turnos representa 231 dias de trabalho para os operários. A proposta da empresa é adotar três turnos, aumentando esse tempo para 271 dias, reduzindo o tempo de folga de 135 dias para apenas 93.
A empresa, que já cortou o percentual de 40% de insalubridade dos operários, ainda pretende fazer mudanças em direitos conquistadas pelos trabalhadores nos anos 80, como auxílio escola, vale-alimentação, plano de saúde, entre outros. A crise financeira mundial é a alegação da direção da Albras para os cortes. Com estes, a empresa pretende economizar R$ 4 milhões ao ano.
Em 1990, a empresa, também alegando dificuldades financeiras, tentou retirar esses direitos sociais, e a resposta dos trabalhadores foi uma greve que parou a fábrica por sete dias. A empresa recuou.
Durante a assembléia de hoje, a diretoria do sindicato que representa a categoria no município ainda ensaiou uma defesa da empresa, tentando justificar as argumentações da direção da Albras, mas logo desistiu. A reação dos cerca de 300 trabalhadores presentes foi abertamente contrária à proposta da empresa.
A Albras, que alcançou a produção de 460 mil toneladas de aluminio em 2008, usufrui dos benefícios da Lei Kandir (não paga os impostos de exportação) e usa energia produzido pela Eletronorte a preço subsidiado, um contrato assinado em novembro de 2004 e que vai até 2020.
Apesar da posição vacilante da direção do sindicato da categoria, outros líderes dos operários garantem que estão determinados a resistir à tentativa da empresa de tungar seus direitos.
Novos rounds estão garantidos.

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