Em Itaituba, na terça-feira passada, durante reunião com a presença do ministro Mangabeira Unger e da governadora Ana Júlia, marcada por protestos e muitas vaias, o titular da Setran, Waldir Ganzer, era, visivelmente, o mais constrangido de todos.
Talvez por entender como justas, muito justas, justíssimas, as reclamações apresentadas por representantes de entidades regionais.
Vinda do Rio Grande do Sul para a Transamazônica, nos anos 70, e largada lá à própria sorte pelos governos militares, a família Ganzer sabe o quanto é duro agüentar por tão longos anos as promessas dos governos, inclusive do seu camarada Lula, de asfaltar as BR’s 230 e 163, ou ao menos dar a ela trafegabilidade permanente.
Ou será que estava constrangido por ter consciência de que não há, em toda a região sudeste do Pará (Itaituba, Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga e Trairão), um único palmo de rodovia estadual?
E justamente ele, o titular da Secretaria de Transporte do Estado, ali, em meio a uma platéia pouco simpática, ouvindo as já cansadas e ocas promessas da governadora do Estado de que fará do Pará uma Terra de Direitos.
E nada, ao menos, daquela promessa básica de recuperar a Transgarimpeira. Soaria simpático, talvez diminuísse a hostilidade do público presente, ainda que fosse somente mais uma promessa. Mas, nada!
Sejamos justos: qualquer um ficaria no estado em que o Ganzer ficou.
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