A Polícia Civil já encaminhou para a Secretaria de Segurança Pública do Pará o relatório preliminar sobre a destruição da Fazenda Maria Bonita (Eldorado dos Carajás) pelo MST, comprovando que durante a madrugada da quarta-feira, dia 04 de novembro, cerca de 100 integrantes do MST invadiram as casas de funcionários e, utilizando tratores da própria fazenda, colocaram abaixo as construções, expulsando os moradores, inclusive mulheres e crianças. Os prejuízos da propriedade superam R$ 3 milhões.
O relatório relata que o ataque do MST continuou durante toda a quarta-feira. No período da manhã, os invasores destruíram os currais da propriedade, mataram dezenas de cabeças de gado e interditaram a rodovia PA 150. Ainda durante o dia, o MST ameaçou invadir o retiro Ceita Corê, da Fazenda Espírito Santo (Xinguara) e tomar a Fazenda Porto Rico, no mesmo município.
As autoridades “investigarão com rigor os fatos provocados pelo MST”, declarou Miguel Cunha Filho, Diretor de Polícia do Interior do Pará.
A tropa de choque enviada pela Secretaria de Segurança Pública do Pará já está na região Sudeste do Estado. Durante a tarde desta quinta-feira, a tropa seguiu para perícia da Fazenda Maria Bonita, juntamente com a equipe da Delegacia Especial de Crimes Agrários (Deca), de Marabá. Lá também comprovaram a destruição provocada pelo MST. A tropa de choque ficará na região para conter novos atos de terror.
O relatório preliminar da Polícia Civil concluído nesta quinta-feira contradiz frontalmente o que divulgou o MST, porque mostra que foram os integrantes do movimento os responsáveis pela destruição de todas as instalações da fazenda, incluindo casas dos funcionários, currais, equipamentos e maquinários. Além dessas técnicas de guerrilha, o MST bloqueou a Rodovia PA 150 em vários pontos, impedindo a chegada da imprensa e da polícia.
A Agro Santa Bárbara, proprietária da Maria Bonita, já havia alertado as autoridades policiais no domingo contra possíveis manifestações do MST.
A Fazenda Maria Bonita é uma das fazendas pecuárias mais produtivas do País, com produtividade cinco vezes superior à média nacional. A propriedade esta invadida desde 25 de julho de 2008 mesmo com mandado de reintegração de posse já expedido pela Justiça em agosto do ano passado e ainda não cumprido pelo Governo do Estado do Pará.
Desde então, o MST se especializou em espalhar medo, causar pesados prejuízos materiais às propriedades, provocar danos ambientais irreparáveis, ameaçar de morte funcionários e saquear casas e expulsar as famílias que trabalham nas fazendas.
Segundo levantamento da Agropecuária Santa Bárbara, desde o início do
processo de invasão de suas propriedades, o MST já matou cerca de 700 cabeças de gado Nelore de alta qualidade genética. Somente nos últimos três meses, foram registrados 18 focos de incêndios nas propriedades invadidas (Fazendas Espírito Santo, Maria Bonita, Cedro, Castanhais, Ceita-Corê/Baixa da Égua, Fortaleza, Cristalino e Porto Rico), todas no Sudeste paraense. Com danos ambientais irreparáveis, foram atingidos mais de 500 hectares (500.000.000 m2).
Fonte: Blog Espaço Aberto
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