A construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, deve viabilizar a consolidação do Oeste do Pará como pólo de produção de alumínio. É que a energia gerada pela usina propicia a implantação de indústrias do setor na região, permitindo a verticalização da grande produção de bauxita, matéria-prima do alumínio. A questão já vem sendo discutida pelo governo com as empresas mineradoras e acompanhadas pelas entidades empresariais da região.
O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Sócio-Ambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) vem acompanhando de perto as negociações para a instalação de duas plantas de produção de alumínio na região. As negociações vem sendo feitas com a Alcoa - que produz uma mina de bauxita em Juruti, no Baixo Amazonas - e com a Albrás. A idéia é instalar as fábricas na própria região, para aproveitar a energia gerada por Belo Monte e, ao mesmo tempo, garantir o desenvolvimento regional.
As duas indústrias de alumínio podem gerar cerca de 8 mil empregos diretos e mais 16 mil indiretos, absorvendo desta forma boa parte da mão-de-obra desmobilizada com o fim das obras da hidrelétrica. "Isso vem sendo discutido com o governo e as empresas. É uma reivindicação nossa, para que a região possa ter um processo de desenvolvimento sustentável e que se mantenha após a construção da hidrelétrica", diz Vilmar Soares, coordenador do FORT Xingu.
A instalação de duas fábricas de alumínio também vão permitir o surgimento de inúmeras outras atividades industriais e de serviços secundárias, incrementando o setor industrial e de serviços na região, qualificando a mão-de-obra, gerando mais emprego e renda. Isso vai reduzir a busca por atividades degradadoras do meio ambiente, permitindo o desenvolvimento de forma sustentável.
Fonte: www.ecoamazonia.com.br
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