sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O BRASIL E A CONFERÊNCIA DE COPENHAGUEN

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou, nesta sexta-feira, em São Paulo, que o Brasil assumirá, na Conferência de Copenhaguen, em dezembro próximo, um compromisso voluntário de reduzir a taxa de crescimento de suas emissões de gás do efeito estufa em 35% a 40% até 2020. O ministro afirmou que acreditar que a taxa será de 38%.


Sobre o assunto, veja o que escreveu o articulista J.R. Guzzo, na edição da revista Veja desta semana, com o título "Fim do Mundo":


Antes de ter um problema ecológico, o Brasil tem um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos.

A conferência de Copenhague tende a refletir, basicamente, um conjunto de neuroses, fantasias e necessidades políticas que se ligam muito mais aos países ricos do que à realidade brasileira; a agenda central é deles, com seus números, seus cientistas e até sua linguagem. O Brasil, em vez de reagir ao debate dos outros, faria melhor pensando primeiro em seus interesses. Para isso, precisaria saber o que quer. Parece bem claro que o país, antes de ter um problema ecológico, tem um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos, ou de que dois terços dos esgotos são lançados nos rios sem tratamento nenhum. Na Amazônia, onde há o maior volume de água doce do mundo, a maioria da população não tem água decente para beber. Nas áreas pobres das cidades o lixo não é coletado - acaba em rios, represas ou na rua.

A questão ecológica real, no Brasil, chama-se pobreza.


Para ler todo o artigo, acesse www.veja.com.br

Nenhum comentário: