Deu em nada a audiência, ontem, na Assembleia Legislatia do Estado (Alepa), realizada para discutir a interdição da venda de carne bovina por frigoríficos do Pará, acusados de abater boi criado em áreas desmatadas ilegalmente.
O Ministério Público Federal (MPF) no PA não acatou o pedido de produtores rurais e parlamentares de suspensão do embargo ao chamado “boi de desmatamento”. A chamada "recomendação", enviada até agora a 69 empresas paraenses determinando que estas não comprem o gado listado como "fora de norma" pelo MPF, continuará sendo executada.
A única decisão prática foi a criação de uma comissão, formada por representantes do Senado, Câmara dos Deputados, Alepa, Governo do Pará, pecuaristas e donos de frigoríficos, que irá discutir os tópicos de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A iniciativa seria a condição exigida para que donos de frigoríficos e pecuaristas voltassem a comercializar gado no Estado. O primeiro encontro do grupo foi proposto para a manhã desta sexta-feira, no Palácio dos Despachos (sede do governo paraense), em Belém.
O clima esteve tenso. O deputado federal Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, chamou o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) de "transloucado, frouxo, covarde, mentiroso". A assessoria de Carlos Minc disse que o ministro se encontra em viagem ao exterior e, por isso, não teria como fazer qualquer referência às ameaças verbais proferidas pelo deputado paraense.
Fonte: O Globo e redação do blog
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