A ameaça da oposição de impedir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano - o que impedia o recesso parlamentar e traria complicações ao governo - parece ter sido o fator decisivo para que PT e PMDB concordem com a instalação da CPI da Petrobras.
Depois da ameaça, mas também porque o PSDB resolveu entregar a relatoria da CPI das ONG’s e recuar na instalação da CPI do Dnit, as negociações avançaram como se nada antes a impedisse. E rapidamente anunciaram a instalação da CPI para a próxima qerça-feira, às 15h.
A data foi marcada por determinação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), utilizando prerrogativa que lhe garante o Regimento Interno. Sarney protocolou na quinta-feira (9), na Secretaria Geral da Mesa, ofício nesse sentido, dirigido ao senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que por ser o integrante mais idoso do colegiado, está encarregado de presidir a instalação da CPI. De acordo com a determinação do presidente José Sarney, a comissão será instalada com qualquer número de senadores presentes.
O requerimento de instalação da CPI da Petrobras foi lido em Plenário no dia 15 de maio último, assinado por 32 senadores, cinco a mais que o número mínimo necessário para um pedido desse tipo, que é de 27 firmas. Contudo, as várias tentativas de instalação da comissão foram frustradas por falta de quórum. Os senadores da base do governo, maioria entre os componentes, não compareceram para a abertura dos trabalhos. A ausência dos governistas devia-se, em parte, à falta de definição dos nomes para a presidência, vice-presidência e relatoria dos trabalhos.
Agora é esperar que a CPI consiga realmente investigar as denúncias contra a direção da empresa, inclusive o repasse de recursos para a Fundação José Sarney, que teria desviado para empresa fantasmas cerca de R$ 500 mil arrecadados junto à Petrobras.
Fonte: Agência Senado e redação do blog
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