Na coluna do jornalista Augusto Nunes, no portal veja.com de hoje:
Lula apareceu colérico na sede do PT. em 13 de dezembro de 1994. Derrotado dois meses antes por Fernando Henrique Cardoso, continuava ressentido com o presidente eleito. Mas o som da fúria se dirigia a um ex-presidente, lider absoluto no ranking dos inimigos sem direito a perdão, beneficiado na véspera por uma desconcertante decisão do Supremo Tribunal Federal: alegando “falta de provas”, os ministros absolveram o ex-presidente Fernando Collor, que renunciara ao cargo para escapar do impeachment. Vale a pena ler de novo o que Lula disse:
"Como cidadão brasileiro, que tanto lutou para fazer a ética prevalecer na política, estou frustrado, possivelmente como milhões de brasileiros. Só espero que não apareça um trambiqueiro querendo anistiar Collor da condenação imposta pelo Senado".
Nada como um século depois do outro. O aventureiro que desonrou a Presidência da República, insista-se, não mudou. Quem mudou foi Lula. Ficou parecido com Collor. Nenhum trambiqueiro ousou propor ao Senado a anistia simbolicamente concedida pelo atual presidente com o abraço de Palmeira dos Índios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário