O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu, hoje, que o senador José Sarney (PMDB-AP) renuncie à presidência da Casa. Cristóvan Buarque (PDT/DF) e José Ney (PSOL/PA) fizeram o mesmo.
"Não adianta suspender atos. Perdemos toda a credibilidade. O presidente Sarney tem de ter a grandeza de renunciar à presidência do Senado", disse Simon, que admitiu não ter tido coragem de fazer o pedido a Sarney na semana passada, quando foi conversar com ele em seu gabinete.
Simon reclamou, ainda, que Sarney e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), controlam o partido no Senado. "Tenho vergonha. Estou pensando em ir para casa", disse o parlamentar gaúcho.
Sarney é um dos parlamentares citados entre os que teriam parentes beneficiados por meio de atos secretos adotados para criação de cargos, nomeações e aumentos salariais. A pressão sobre o senador cresceu após a revelação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Fundação Sarney, entidade privada instituída pelo peemedebista para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente da República, desviou para empresas fantasmas dinheiro da Petrobras repassado em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca saiu do papel.
Ontem, Sarney mandou anular todos os 663 atos secretos da Casa.
Fonte: Agência Estado
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