A organização não governamental (ONG) Greenpeace não participará da udiência pública que acontecerá, na tarde desta quinta-feira, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A reunião vai discutir as acusações do Ministério Público Federal (MPF) no Pará contra 21 fazendas e frigoríficos que compram carne oriunda de áreas desmatadas na Amazônia. O governo do Pará negou o pedido de garantia de segurança feito pela ONG.
O Pará virou, desde o começo de junho, o epicentro de uma crise deflagrada depois que a ONG divulgou o relatório "A Farra do Boi na Amazônia", que serviu de base para as acusações do MPF.
O gabinete da governadora Ana Júlia (PT) informou que a segurança só poderia ser garantida fora da Assembleia. Dentro do prédio, é obrigação da Casa. A oferta não satisfez o Greenpeace.
Assim como o Greenpeace, o MPF também solicitou segurança à Polícia Federal (PF). A escolta foi concedida, e cinco policiais federais serão deslocados para proteger os procuradores Felício Pontes e Augusto Potiguar, que, por serem autores da ação contra o setor, foram convocados a participarem da audiência. Os pecuaristas do Estado prometem cercar a Assembleia Legislativa para protestar contra as acusações.
Apesar de admitir que o "boi é o grande vetor de desmatamento na Amazônia", o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou, durante audiência pública em Brasília, ontem, que o rastreamento eletrônico do rebanho bovino do Pará começará em dezembro. Na primeira fase, a cobertura será de 150 mil quilômetros quadrados no Pará.
Fonte: O Globo
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