segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ROYALTIES POR FLORESTA PRESERVADA

O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, defendeu, hoje, que pecuaristas sejam compensados financeiramente pelas áreas do bioma amazônico que deixarão de ser desmatadas para tornar viável o cumprimento das exigências dos maiores frigoríficos do País, que nesta manhã assinaram compromisso com a organização não-governamental (ONG) Greenpeace de não comprar matéria-prima de áreas desmatadas da Amazônia.

Na sexta feira passada, em Monte Alegre, durante audiência pública que discutiu o zoneamento ecológico e econômico da Calha Norte, a deputada Josefina Carmo (PMDB) propôs algo parecido: que os municípios da região sejam compensados com uma espécie de royalties verde pela preservação de quase 80% do território de 280 mil/km².

A Calha Norte tem sete unidades estaduais de conservação, com 12,8 milhões de hectares, duas florestas nacionais e cinco territórios indígenas. Apenas uma faixa de terra localizada na parte sul da região, junto à margem esquerda do rio Amazonas está antropizada. Quase 80% do território são de florestas.

Vem em boa hora a proposição. Não custa o governo do Estado encampar essa proposta. A governadora Ana Júlia Carepa foi à Califórnia, na semana passada, e levou esse tema na bolsa.

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