Não é somente no Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, que os péssimos serviços de saúde oferecidos à população se transformaram em casos de calamidade pública. O caos é a marca das unidades de saúde e se alastra para todas as regiões do Estado.
Na Santa Casa de Misericórdia, na Capital, médicos da que atendiam crianças na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital cumpriram, neste mês de outubro, o que haviam avisado desde o mês passado: que não fariam mais plantões durante as noites e nos finais de semana.
Segundo os médicos, os baixos salários e a sobrecarga de trabalho seriam os principais motivos. "O salário-base de um médico da Santa Casa gira entorno de R$ 1.600, o que está muito a baixo do que a categoria merece", infomou um deles.
A situação na UTI do Hospital é delicada. Desde o início de outubro, não há médicos qualificados para atender os casos graves de crianças internadas, já que os especialistas se recusam a fazer plantões. Por isso médicos de outras especialidades são acionados para fazer o atendimento. Em algumas situações, quando não há médicos de plantão, enfermeiros ficam responsáveis por atender essas crianças.
Por meio de nota, a direção da Santa Casa, de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), confirma a existência do problema e informa que a direção deve, em breve, ter uma reunião com os médicos para tentar solucionar o problema.
Fonte: Redação ORM e redação do blog
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