O Secretário de Estado Adjunto de Meio Ambiente, Rosemiro Canto, esteve em Santarém, ontem, mas garante que não teve a ver com o protesto realizado, na terça feira, por trabalhadores rurais, que interditaram por algumas horas a rodovia estadual Fernando Guilhon, que dá acesso ao Aeroporto Municipal Maestro Wilson Fonseca.
Miro desmentiu informação que circulou na imprensa local e regional dando conta de que ele teria liderado o protesto dos agricultores, em parceria com a Pastoral da Terra (CPT), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Santarém, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Pará (Fetagri) e o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Claro que foi uma desatenção, ou desinformação, do repórter autor da notícia. O superintendente do Incra em Santarém é Luciano Gregory Brunet. E o Miro continua firme como adjunto da Sema.
O que é estranho, não na notícia, mas no protesto, é que uma das razões deste foi justamente "a demora do Incra na regularização de assentamentos na região", segundo a mesma fonte. Como é, então, que a Supetintendência Regional do Incra lidera um protesto contra a demora do próprio órgão na regularização fundiária de assentamentos na região?
A proximidade das eleições, o oportunismo e o aparelhamento político de órgãos públicos por partidos geram cada fato estranho! Estranho para os olhos mais desatentos.
Na verdade, na sexta feira passada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sinttraf), a Sema já havia publicado relatório garantindo o licenciando de 26 assentamentos e autorizando a recuperação de estradas vicinais e construção de habitações.
Não havia, portanto, a necessidade da manifestação que interditou a rodovia Fernando Guilhon. Tudo não passou de um factóide puramente eleitoreiro. Quinhentos lavradores foram usados como massa de manobra para atender a interesses estranhos àqueles da reforma agrária e dos agricultores familiares.
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