terça-feira, 6 de outubro de 2009

REPÚDIOS À VIOLÊNCIA DO MST

Senadora Kátia Abreu, em foto da Agência Senado.


A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) subiu à tribuna nesta terça-feira (6) para manifestar indignação pela derrubada de mais de sete mil pés de laranjas pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) em fazendas do grupo Cutrale, no interior de São Paulo. As cenas, transmitidas pela TV Globo, mostraram um trator destruindo as plantações.

- Nós, produtores rurais do Brasil, estamos cansados. Somos contrários à invasão de terras. Se a reforma agrária não tem deslanchado no país, não somos os responsáveis. Não fomos nós que fizemos promessas e não cumprimos - afirmou a senadora.

Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Kátia Abreu lembrou que em 2003 estavam disponíveis para reforma agrária 133 milhões de hectares, mas até agora o atual Governo só liberou para assentamentos 41 milhões desse total. Ressaltou, portanto, que ainda há um saldo de 91 milhões de hectares improdutivos já desapropriados e a espera de destinação.

Ao mencionar outras invasões do MST no Pará e em Pernambuco, até mesmo com uso de violência, Kátia Abreu pediu proteção para os produtores rurais.

"Não queremos entrar no mérito da questão. Não somos contra os programas de governo, mas não é tomando a terra dos seus donos, invadindo, praticando crimes com financiamento público que vamos resolver os problemas sociais neste país", declarou Kátia Abreu.

Vários senadores apoiaram o pronunciamento da parlamentar pelo Tocantins. Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), o MST não quer a reforma agrária, mas sim promover uma revolução a partir do campo.

"É com muita revolta que o PSDB se junta a essa indignação, pois essa organização fora da lei merece ser punida com os rigores da lei", afirmou Virgílio.

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