“Desta maneira, a reivindicação do SIMIOESPA e da AMOT é que o governo federal nos dê atenção e providencie para que possamos, juntos, gerar trabalho e renda de forma sustentável na Amazônia, tirando da miséria a sua população, extirpando o banditismo, a ilegalidade, a exploração predatória e sem compromisso com o futuro da região e dos amazônidas. Temos que chegar a um termo comum quanto ao licenciamento para a atividade mineraria, sob pena de afastar o capital sério e comprometido com a preservação e a sustentabilidade e dar lugar ao clandestino e predatório”.
O texto acima faz parte de ofício assinado pelo presidente do Sindicato dos Mineradores do Oeste do Estado do Pará (Simioespa), Sérgio Aquino, e pelo presidente da Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (Amot), Ivo Lubrinna, endereçado ao diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro (SBF), Antônio Carlos Hummel, na sexta-feira passada.
O documento solicita a confirmação de reunião, sugerida pelo próprio diretor do SBF, na quinta-feira passada, em Itaituba, com a presença dos ministérios das Minas e Energia (MME), Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ibama e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Na opinião das duas entidades, o governo federal atua na contramão quando tenta impor o extrativismo florestal como modelo de desenvolvimento em uma região onde 80% da população vive, há 50 anos, da atividade minerária. Não existe termo de comparação entre uma e outra atividade.
"Tanto o SIMIOESPA como a AMOT sentem-se prejudicados pela ausência do Estado e sua falta de conhecimento da real problemática da região, bem como de suas ações repressivas, que trazem o desemprego e colocam os trabalhadores artesanais, garimpeiros, na situação de foras da lei”, diz o texto.
Os diretores do Simioespa e da Amot estão prontos para ir a Brasília discutir o assunto.
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