O início da semana não poderia ser mais preocupante ao PT e ao governo Lula. Um novo inferno astral?
Não bastassem a criação, na sexta-feira passada, da CPI da Petrobrás e das prováveis consequências amargas que ela poderá representar aos atuais mandatários do País, pouco mais de um ano da eleição presidencial, o mau presságio se consolidou com a notícia, desde o início da última madrugada, da internação, às pressas, da ministra Dilma Roussef.
Os porta-vozes do governo, usando informações médicas, dizem que tudo não passa de "reações muito usuais" da quimioterapia, tratamento a que a ministra está submetida desde que foi operada para a retirada de um linfoma.
Os médicos afirmam que Dilma precisa reduzir seu ritmo de trabalho, mas a nova líder do governo do Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), antecipa-se e afirma, categoricamente, que a ministra não vai se afastar do cargo.
Sem ter outro nome com o mínimo de consistência eleitoral para a eleição presidencial de 2010, os petistas fazem de tudo - inclusive realçando sua força para resistir e vencer o câncer - para demonstrar que Dilma Roussef é uma "dama de ferro", pronta para suceder a Lula.
El Cid, líder e herói espanhol na luta dos cristãos contra os mouros, no século XI, também foi mantido e exibido "vivo" em batalha decisiva contra os mouros, tão forte era sua figura ao moral das tropas cristãs e tão ameaçadadora aos guerreiros muçulmanos, em imagens eternizadas pelo filme El Cid, de 1961, protagonizado por Charlton Heston e dirigido pelo cineasta Anthony Mann.
El Cid, na história, nas lendas e no cinema é mostrado como um herói forte, valente, leal, justo e piedoso.
E Dilma? A história ainda escreverá essas páginas, mas parece mínima a chance de um dia serem exibidas na telona.
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