Um em cada cinco paraenses mora em área de invasão. No Pará, dos 7,3 milhões de habitantes, pelo menos 1,4 milhão de pessoas moram precariamente - um número superior a população dos Estados do Amapá (594 mil) e Acre (660 mil) juntos. Segundo o último levantamento feito em 2007 pelo Ministério das Cidades, o Pará é o Estado com o terceiro maior número de domicílios em aglomerados subnormais, ou seja, em loteamentos irregulares. Ao todo, eram 207 mil moradias em áreas de ocupação no Estado, índice que deixou o Pará atrás apenas do Rio de Janeiro (400 mil) e São Paulo (619 mil).
A pesquisa feita pelo Ministério das Cidades mostra ainda que há dois anos, o déficit habitacional do Pará era de 317.089 moradias - o que corresponde a metade do déficit habitacional de toda a Região Norte, que é de 652 mil residências. Segundo valia o vice-presidente da Organização Paraense de Mutuários em Defesa da Moradia (Orpam), José Colares Filho, o déficit habitacional do Pará está entre os dez maiores do Brasil. 'O Pará tem hoje um déficit habitacional maior do que estados bastante populosos do Sul, como é o caso do Rio Grande do Sul', afirma.
Além disso, o Estado possui o quarto maior número de habitações precárias do Brasil, são 101 mil no total - perdendo apenas para o Maranhão (306 mil), Bahia (140 mil) e Ceará (110 mil). A quantidade de invasões cresce tão rapidamente, que nem a Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) e tampouco a Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab) conseguem acompanhar em números, segundo afirmam os próprios técnicos dos respectivos órgãos procurados pela reportagem. Mesmo diante de indicadores tão negativos, o Pará foi um dos Estados brasileiros que recebeu menor volume de investimentos no setor habitacional em 2009.
Fonte: http://www.folhadoprogresso.com.br/
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