O jornalista Jota Ninos acaba de publicar mais uma de suas interessantes crônicas. Desta vez saiu "Ouviram (a fanfarra) do Ipiranga às margens plácidas", que publico aqui apenas os primeiros parágrafos.
O link para a leitura completa segue abaixo.
Para mim, ato cívico tem a ver com cidadania. A própria palavra civismo remete à civilização, civilidade, civil = cidadão. Então, porque precisamos demonstrar nosso apreço pela Pátria marchando como soldados? Nunca entendi isso, sempre me rebelei contra isso.
Mas mudar certos paradigmas pode levar milênios. A construção de um ideário militar remonta de séculos pela luta no poder. As antigas civilizações comemoravam seus heróis assistindo a paradas militares de seus guerreiros, depois das vitórias nas frentes de batalha. Aí os norte-americanos resolveram incluir os estudantes nas grandes paradas. E nós fomos atrás imitando.
Escrevo sobre este assunto pela undécima vez, mas não somente para lamuriar. E sim vangloriar um passo pequeno que vale uma parada militar. Falo da decisão das autoridades educacionais de Santarém de desvincular o desfile dos estudantes da parada militar de 7 de setembro, como já acontece em outras cidades.
Já não basta obrigarmos nossas crianças e nossos jovens a fazer a ordem unida embaixo de um sol escaldante? Por que ainda tinham que desfilar no mesmo dia das forças militares? Quem sabe um dia descubramos uma outra forma de comemorar nossa independência que não seja batendo o pé em continência pelas ruas da cidade. Não acredito que cidadania se absorva com a disciplina militar.
http://www.jesocarneiro.com/ouviram-a-fanfarra-do-ipiranga-as-margens-placidas.html#more-33050.
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